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Defesa do goleiro Bruno pede progressão para o regime semiaberto

Goleiro Bruno é examinado no Boa, clube que chegou a defender em 2017 - Adriano Vizoni/Folhapress
Goleiro Bruno é examinado no Boa, clube que chegou a defender em 2017 Imagem: Adriano Vizoni/Folhapress

Leonardo Augusto, especial para o Estado

Belo Horizonte

24/09/2018 17h02

A defesa do ex-goleiro Bruno entrou na Justiça com pedido de progressão de pena para o regime semiaberto com base em cálculos de tempo de estudo e trabalhos feitos pelo detento, dentro do sistema prisional, que reduziriam o período de prisão do ex-atleta. Bruno está preso em Varginha, no sul de Minas Gerais.

O ex-goleiro foi preso em 2010 e em seguida condenado por homicídio triplamente qualificado de Eliza Samudio, com quem teve um filho. A pena aplicada ao ex-jogador foi superior a 20 anos e nove meses de prisão. Para ter acesso ao regime semiaberto, o ex-atleta precisaria cumprir sete anos e seis meses da pena, depois de aplicadas atenuações, por ser réu confesso.

O detento já cumpriu mais de oito anos, porém, uma falta grave dentro do sistema prisional impediu a migração de regime. O advogado de Bruno, Fábio Gama, afirma que o cliente já tem o tempo necessário para a ida ao semiaberto.

O prazo previsto para que o ex-atleta tenha direito à migração, segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), é 6 de novembro. Os cálculos feitos pela defesa do ex-goleiro serão agora analisados para verificar se Bruno já tem ou não direito à ir ao semiaberto.

A pena aplicada ao ex-goleiro envolveu ainda cárcere privado do filho que teve com Elisa. O garoto atualmente mora com a avó. O corpo da mulher nunca foi encontrado.

Em fevereiro de 2017, o ministro do Supremo Marco Aurelio Mello concedeu habeas corpus para o goleiro, que foi solto e assinou com o Boa Esporte, time que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro. Ele treinou no clube até abril, quando uma decisão da Primeira Turma do STF decidiu pelo retorno de Bruno à prisão.