PF faz busca em casa de militar que ameaçou Rosa Weber
Fabio Serapião e Amanda Pupo
Brasília
26/10/2018 20h40
Segundo a PF, o objetivo da medida cautelar é "investigar ameaças e ofensas, divulgadas em vídeos na internet, a diversas instituições e autoridades da República". Ao cumprir a busca, a PF apreendeu dispositivos de armazenamento de dados, como computadores e aparelhos celulares.
Em nota, a PF também informou que a Justiça determinou o monitoramento eletrônico de Alves - o uso de tornozeleira - e o proibiu de andar armado ou manter qualquer tipo de armamento em casa. A Justiça do Rio também decidiu pela obrigação do coronel da reserva em se manter a pelo menos 5 quilômetros de distância de todos os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), do TSE e do ministro Raul Jungmann, da Segurança Pública.
Vídeo
A Polícia Federal abriu inquérito, a pedido da Procuradoria-Geral da República, para investigar ao menos dois vídeos gravados pelo coronel da reserva em que ele ataca ministros do Supremo, entre eles Rosa Weber. A solicitação da PGR foi feita após a Segunda Turma do STF pedir uma apuração do caso.
Em um dos vídeos, Alves diz: "Olha aqui, Rosa Weber, não te atreve a ousar aceitar essa afronta contra o povo brasileiro, essa prova indecente do PT de querer tirar Bolsonaro do pleito eleitoral, acusando-o de desonestidade, de ser cúmplice numa campanha criminosa fraudulenta com o WhatsApp para promover notícias falsas".
O autor do vídeo ainda chamou o STF de tribunal de "canalhas" e "vagabundos", e afirmou não aceitar um resultado nesta eleição que não seja a vitória do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL).
Alves, segundo a PF, poderá responder pelos crimes de difamação, injúria, constrangimento ilegal, ameaça, além de crimes previstos na Lei de Segurança Nacional.