Bolsonaro venceu em 16 Estados e quatro regiões
Em números absolutos, foram 57,7 milhões de votos para o candidato do PSL, e 47 milhões para o petista.
Depois de obter 46% das preferências no primeiro turno, Bolsonaro elevou sua votação na segunda rodada eleitoral em 9 pontos porcentuais, ou 7,8 milhões de votos. Haddad, que conquistou 29% no dia 7 de outubro, ampliou ainda mais seu eleitorado no domingo, 28, em 15 pontos porcentuais - em números absolutos, foram quase 15 milhões de votos a mais.
Geografia
Depois de se firmar como candidato do antipetismo, Bolsonaro venceu em quatro das cinco regiões do País. Em termos proporcionais, sua maior vantagem foi registrada no Sul e no Centro-Oeste, onde teve 68% e 67%, respectivamente, ante 33% e 32% do adversário.
No Sudeste, onde vivem aproximadamente quatro em cada dez eleitores, o candidato do PSL teve 65%, 30 pontos porcentuais a mais que Haddad. Em números absolutos, foram quase 13 milhões de votos a mais. No Norte, foi registrada a disputa mais equilibrada: 52% a 48% para Bolsonaro.
No Nordeste, Haddad ampliou a vitória, que já havia obtido no primeiro turno e chegou a 70%, com vantagem de 40 pontos sobre o adversário.
Em quantidade de Estados, o candidato eleito ficou à frente em 16 (contando o Distrito Federal), e o derrotado, em 11. No primeiro turno, o placar pró-Bolsonaro havia sido de 17 a 9. No segundo turno, as maiores vantagens proporcionais ocorreram no Acre (77% a 23%), em Santa Catarina (76% a 24%) e em Rondônia e em Roraima (72% a 28% em ambos).
Haddad ganhou em 2.810 cidades, ante 2.760 de Bolsonaro. Haddad herdou a vitória em todos os 103 municípios em que Ciro Gomes (PDT) tinha obtido maior parte dos votos, todos na Região Nordeste do País. No Estado do Ceará, maior reduto de Ciro, o petista teve um de seus melhores desempenhos no Brasil e ficou com 71% dos votos válidos.
O ex-prefeito de São Paulo tentou levar o PT à quinta vitória consecutiva em disputas presidenciais. Ele teve, porém, o pior desempenho de um petista em um segundo turno desde 1989, quando Luiz Inácio Lula da Silva teve 47% dos votos. Em comparação com a votação de Lula em 2002 e 2006, Haddad conquistou 16,7 e 16,2 pontos porcentuais a menos, respectivamente. Ante Dilma Rousseff em 2010 e 2014, a redução foi de 11,5 e 7,1 pontos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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