Nos rincões do Amazonas, Bolsonaro vence Haddad por 54 votos
Pedro Alves e Renato Vasconcelos, especial para AE
São Paulo
29/10/2018 16h38
De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas, Guajará é a mais distante localidade entre um polo de armazenamento de urnas eletrônicas - neste caso, a de Manaus - e a sede do município.
A cidade, à margem esquerda do rio Juruá, é uma das três onde o candidato do PSL conquistou maioria de votos no Amazonas.
Além de Guajará, Bolsonaro venceu também em Apuí e Manaus.
A votação na capital foi decisiva para o presidente eleito garantir a vitória no Estado: dos 885.189 votos que recebeu (considerando 99,97% das urnas apuradas), 686.999 saíram de Manaus.
Missão amazônica
Em alguns Estados, garantir o direito ao voto direto exige uma verdadeira missão logística. No caso do Amazonas, por exemplo, o transporte das urnas eletrônicas em barcos até às Zonas Eleitorais supera as nove horas.
De acordo com o TRE do Amazonas, alguns locais são inacessíveis por rodovias e rios, de forma que aviões, helicópteros e aviões anfíbios, que pousam na água, são utilizados nas missões. Um total de 43 comunidades, com aproximadamente 16.500 eleitores, teve o acesso garantido por esses meios.
Na região amazônica como um todo, uma dificuldade climática se soma às dificuldades recorrentes. O regime de águas na Amazônia atinge o nível mais baixo neste período do ano, fazendo com que rios fiquem não navegáveis, aumentando as distâncias.