Comissão do Senado aprova indicação de diplomatas para Egito e Jordânia
Francisco Gonzaga, especial para AE
São Paulo
12/06/2019 17h32
Na sabatina, Amaral garantiu que dará prioridade ao aumento de exportações do agronegócio brasileiro para a Jordânia, país marcado por território desértico e com necessidade de importação de vários produtos básicos.
"O potencial é enorme. Eles hoje são grandes importadores, por exemplo, de soja e açúcar, mas quase nada vem do Brasil", disse.
Já Patriota destacou que o Egito é a nação árabe e africana que mais importa produtos brasileiros, e só perde para a China na importação de carne. Este potencial de mercado para o Brasil tornou-se ainda mais promissor graças à efetivação de um acordo comercial entre Mercosul e Egito, em vigor desde 2017.
Indagados pelos senadores sobre a proposta do governo Jair Bolsonaro, de transferência da embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, os diplomatas deixaram claro que não têm nenhuma prerrogativa decisória sobre o assunto. Entretanto, com base na experiência que possuem em negociações com as nações árabes, informaram que a causa palestina é o único assunto que unifica todos estes países.
Amaral lembrou que, quando atuava no Egito e foi anunciada a abertura de um escritório comercial do Brasil em Jerusalém, ele recebeu a nota oficial das mãos do secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Gheit. "A nota basicamente expressava, com equilíbrio, que o Brasil, na ótica deles, dava um passo na direção errada, que não contribuirá na relação com o mundo árabe", mencionou.