Rede chilena denuncia funcionários por fraudes com cartões da família Bolsonaro
Tulio Kruse
São Paulo
15/07/2020 19h37
Segundo a denúncia, funcionários da Falabella teriam utilizado dados de cartões de crédito para fazer compras ilegais no próprio site da empresa. As fraudes tiveram início a partir do dia 1º de junho, segundo a Promotoria.
"Os denunciados seriam empregados ou membros de marcas vinculadas à Fabella", informou a Promotoria Central Norte ao Estadão. "Abrimos ums investigação pelo delito de uso fraudulento de cartão de crédito, contra 26 pessoas imputadas por utilizar os cartões bancários do presidente Bolsonaro e seus filhos."
Após um pedido do promotor responsável pelo caso, Jaime Retamal, o caso também será investigado em um departamento especializado em cibercrimes da polícia chilena. Segundo a imprensa chilena, as fraudes utilizaram os dados bancários do vereador Carlos Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro, além do próprio presidente. Os três foram alvo de vazamentos de informações do grupo Anonymous, que divulgou em redes sociais números de telefone, endereços e documentos de identidade da família.
A empresa teria detectado 27 mil ordens de compra suspeitas em seu site. Nas lojas de departamento da Falabella são vendidos desde computadores e smartphones até peças de roupa, eletrodomésticos e itens de decoração.
No Chile, as penas para o crime de fraude em cartão de crédito vão de 541 dias até cinco anos de prisão, além de multas que chegam ao triplo do valor fraudado. A lei que define as punições para este tipo de fraude no país acabam de ser alteradas, com aumento do tempo de pena.