Operação investiga rede familiar de lavagem de dinheiro para Marcola do PCC
A operação é feita por policiais da 6ª Delegacia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e tem como um dos alvos Cynthia Giglioli da Silva, mulher de Marcola, os pais dela, Marivaldo da Silva Sobrinho e Maria do Carmo Giglioli da Silva, e Camila Giglioli da Silva, Christiano Giglioli da Silva e Francisca Alves da Silva, cunhados do traficante.
A apuração que levou às buscas, iniciada em janeiro do ano passado, mira a evolução patrimonial do grupo que, segundo as autoridades, é incompatível com a renda. O ponto de partida foi a compra de um imóvel de luxo em um condomínio em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Depois disso, os investigadores rastearam transações imobiliárias milionárias entre os investigados e conseguiram a quebra dos sigilos fiscal e bancário. A suspeita é que as movimentações sejam simuladas e tenham sido subfaturadas como estratégia para ocultar pelo menos R$ 1,9 milhão.
"É certo que a facção criminosa PCC tem proporcionado às lideranças e familiares uma vida de luxo", diz a o Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organização (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo. "De modo geral, verificou-se um grande descompasso entre o acervo patrimonial (imóveis, veículos, etc.) e a movimentação financeira que justificasse as aquisições", completa o MP.
Cynthia, por exemplo, vive hoje em um condomínio em Alphaville, na Grande São Paulo. Entre os anos de 2017 e 2019, ela teria feito viagens para a Europa, Colômbia, Peru, Paraguai e Panamá. Como fonte de renda, tem um salão de beleza no bairro de Casa Verde, na zona norte da capital paulista. A mulher de Marcola já foi condenada, em janeiro de 2008, a oito anos de prisão por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Em outra frente, a Polícia Civil de São Paulo investiga ainda se postos de combustíveis ligados à família Kastropil também estão sendo usados para a lavagem de dinheiro da facção criminosa. Em setembro, a Operação Rei do Crime revelou uma rede de 73 empresas suspeitas ligadas, sobretudo, a postos e lojas de convivências que seriam usadas para movimentar R$ 30 bilhões do tráfico.
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