Eleições 2022: governo tem 51,4% de avaliações negativas e 24,5% positivas
Matheus de Souza
São Paulo
22/10/2021 16h09
Apesar do temor no mercado financeiro, iniciado pelas manobras do governo para viabilizar o pagamento do Auxilio Brasil, o levantamento mostra que a promessa de um auxílio aos mais vulneráveis ajudou o governo a aumentar as menções positivas ao presidente nas redes.
"Apesar das críticas de analistas, a militância bolsonarista conseguiu emplacar de uma forma consistente a narrativa de que o presidente precisa ajudar os mais pobres e não deve ceder ao mercado", diz o levantamento. Segundo a pesquisa, as menções positivas chegam a 40%, auxiliadas pelo discurso positivo de criação de auxílio. "O maior nível dos últimos 16 dias", destaca.
Foi o ministro da Economia, Paulo Guedes, quem sofreu mais com as articulações necessárias para viabilizar o Auxílio Brasil, após a debandada de seu ministério. A pesquisa afirma que a saída de secretários deixou o ministro isolado e exposto a críticas. "Liberais foram, novamente, as vozes mais reprovadoras da medida que compromete a segurança fiscal do país para, na opinião deles, comprar votos entre os mais pobres. As políticas foram consideradas populistas e, em alguns casos, equiparadas ao socialismo."
Nesta quinta-feira (21), os secretários do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, do Tesouro Nacional, Jefferson Bittencourt, a secretária-adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo, pediram demissão do Ministério da Economia após divergências sobre o furo do teto de gastos.