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CPI do MST mira em Rui Costa, invasões na Bahia e 'banco da esquerda'

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Brasília

12/07/2023 16h18Atualizada em 12/07/2023 16h30

Dominada por bolsonaristas, a CPI do MST manteve a pressão sobre o chefe da Casa Civil, Rui Costa, apesar de o pedido de convocação para ouvir o ministro de Lula ter sido retirado da pauta. Nesta quarta-feira, 12, a comissão aprovou 21 requerimentos entre pedidos de convocação, convites e informações na última sessão antes do recesso.

Alvo de invasões do MTS neste ano, o Estado da Bahia entrou no foco da comissão. Foram aprovados os convites para ouvir o secretário de Segurança Pública do Estado, Marcelo Werner, e o comandante da Polícia Militar da Bahia, Paulo José Reis de Azevedo Coutinho. Rui Costa foi governador da Bahia entre 2015 e 2022. O autor dos requerimentos é o deputado Capitão Alden (PL-BA).

O requerimento de convocação de Rui Costa será transformado em convite, que será apreciado na volta do recesso parlamentar, no dia 1.º de agosto. Mas a oposição aprovou a convocação do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general G. Dias.

Segundo o relator, deputado Ricardo Salles (PL-SP), a convocação de Rui Costa e de G. Dias são justificadas pelo entendimento de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitora a atividade de grupos sem terra. Durante o governo Lula, o órgão esteve subordinado tanto ao GSI, quando ainda estava sob comando de G. Dias, e da Casa Civil.

Além desses requerimentos, a comissão aprovou o pedido de informações e documentos ao Banco Central sobre o LeftBank, uma instituição financeira autointitulada como "banco da esquerda" e " banco sem banqueiros".

O banco digital foi fundado pelo advogado Daniel Gonçalves e pelo contador e administrador de empresas Volnei de Borba Gomes. O ex-deputado federal e ex-presidente da Câmara Marco Maia (PT-RS) é o diretor-geral da empresa.

Como mostrou a Coluna do Estadão, a oposição ainda pretende pautar a convocação de Mônica Valente, secretária executiva do Foro de São Paulo. O Foro é um evento que reúne os principais partidos de esquerda da América Latina e foi sediado em Brasília neste ano, com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Mônica é casada com o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, alvo do mensalão e da Operação Lava Jato. Durante o Foro em Brasília, o petista distribuiu o livro Delúbio Soares, Um Réu Sem Crime, que chama o mensalão de "farsa".

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