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Greve no metrô e CPTM: Polícia aponta que linha 9-Esmeralda foi alvo de sabotagem

Estação João Dias da Linha 9 Esmeralda Imagem: Divulgação/Governo de São Paulo

São Paulo

27/11/2023 16h51Atualizada em 27/11/2023 17h50

Uma investigação da Polícia Civil apontou que os problemas que atingiram a Linha 9-Esmeralda do sistema de trens de São Paulo no dia 3 de outubro foi motivada por sabotagem. Na ocasião, metroviários, ferroviários e servidores da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) promoveram uma greve. Uma nova paralisação está prevista para acontecer nesta terça-feira, 28. O sindicato dos ferroviários ainda não se manifestou

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), agentes do 27º Distrito Policial (Campo Belo) ouviram testemunhas, incluindo funcionários da Linha Esmeralda, que afirmaram ter encontrado diversos objetos na linha férrea. A ação impediu a circulação normal de trens e atrasou o restabelecimento do sistema em várias horas.

"Em um ponto da linha, próximo da estação Autódromo, também foram identificados sinais de vandalismo em uma máquina de chaveamento de via. A fiação do equipamento foi completamente arrancada, impedindo o restabelecimento do sistema", informa a SSP, citando laudo do Instituto de Criminalística.

Os envolvidos nos atos de vandalismo ainda não foram identificados. Os investigadores analisaram imagens de diversas câmeras de segurança instaladas ao longo da via, mas todos os atos de sabotagem foram realizados em locais onde não há esse tipo de monitoramento.

Em nota, a ViaMobilidade, concessionária que administra a Linha 9-Esmeralda, informou que desde o ocorrido "contribui integralmente com as investigações das autoridades competentes sobre o incidente que impactou a operação", citando que fez boletim de ocorrência.

O sindicato dos ferroviários foi procurado, mas ainda não se manifestou.

Nova greve nos trens e metrô está sendo convocada para esta terça-feira

Metroviários e ferroviários convocaram uma nova greve para esta terça-feira, 28. O movimento deve provocar a paralisação das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô, e as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Somente as Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda, que são administradas pela iniciativa privada, vão funcionar normalmente.

A greve é em protesto contra o plano de privatizações da gestão Tarcísio de Freitas, que classifica o movimento como "político". Além dos metroviários e ferroviários, servidores da Sabesp, profissionais da educação e funcionários da Fundação Casa também decidiram aderir ao movimento.

Especialistas ouvidos pelo Estadão afirmam que greve com motivação política é considerada ilegal pelo Justiça do Trabalho. Nesta segunda, uma determinação judicial estabeleceu 80% dos trens da CPTM e do metrô deverão operar nos horários de pico e 60% nos demais períodos, sob pena de multa.

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