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Lula: Jovens que servirão Exército podem ser preparados para enfrentar desastres climáticos

O presidente Lula (PT) visitou o Amazonas para monitorar a crise da seca Imagem: Reprodução/YouTube/CanalGov

Brasília

11/09/2024 10h34

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que conversou com o comandante do Exército, general Tomás Paiva, para que jovens que sirvam o Exército sejam especializados na defesa civil e no enfrentamento a desastres climáticos.

"Conversei com o comandante do Exército, o general Tomás, e disse a ele que quem sabe a gente devesse aproveitar os jovens que vão servir o Exército para que a gente os especializasse em defesa civil, para que eles estivessem preparados para enfrentar desastres climáticos", afirmou o presidente, em entrevista à Rádio Norte FM nesta quarta-feira, 11.

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Medida provisória no Congresso

Lula confirmou que vai encaminhar uma medida provisória ao Congresso para criar o que chamou de "estatuto jurídico da emergência climática" para "estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir de um plano nacional de enfrentamento aos riscos climáticos extremos".

"Vou encaminhar uma MP ao Congresso criando o estatuto jurídico da emergência climática. Nosso objetivo é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir de um plano nacional de enfrentamento aos riscos climáticos extremos. Nosso foco precisa ser adaptação e preparação para o enfrentamento a esses fenômenos. Por isso, vamos estabelecer uma autoridade climática e um comitê técnico científico que deem suporte e articulem as ações do governo federal junto aos Estados e prefeituras", declarou.

O petista defendeu a necessidade de uma "sustentabilidade jurídica para estarmos preparados para cuidar disso" e disse que os "eventos serão cada vez mais frequentes". O presidente se comprometeu com ações para auxiliar o Amazonas e "atender às necessidades básicas" da população local.

"O governo federal vai assumir responsabilidade de, junto com Estado e os prefeitos, fazer mais coisas para atender às necessidades básicas daquele povo (do Amazonas)", disse.

Lula disse ter voltado do Amazonas "com disposição de fazer mais do que estamos fazendo" e elogiou o Exército por ter viabilizado a viagem dele e de seus ministros para a região.

"Tivemos a colaboração extraordinária do nosso Exército, que colocou aviões para levar toda a delegação. E voltei com a disposição e compromisso de fazer mais do que estamos fazendo. É preciso que a gente olhe com mais carinho. Levei vários ministros comigo, foram oito ministros", afirmou.

O presidente disse que é preciso "aproveitar o momento em que a Amazônia é a parte mais conservada da Terra para que a gente receba em dinheiro para cuidar das pessoas que moram lá". Defendeu que os países ricos paguem os países da Amazônia pela preservação do local.

Cobrança a países ricos

Na entrevista, Lula repetiu que o Brasil levará à COP30 a cobrança para que os países ricos façam o repasse de recursos para o Fundo Amazônia. "Vamos levar a cobrança (sobre o que) os países ricos prometeram, desde 2009, de que teria um fundo para ajudar as pessoas que moram na floresta e possam viver dignamente", disse.

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