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Grupo curdo reivindica autoria de atentado em Ancara que deixou 28 mortos

Bombeiros tentam combater fogo após a explosão atingir um comboio militar Imagem: AFP

Em Istambul

19/02/2016 15h28

O grupo separatista Falcões pela Libertação do Curdistão (TAK) reivindicou o atentado contra um comboio militar em Ancara, capital da Turquia, que matou 28 pessoas na última quarta-feira (17).   

Segundo a organização, que ainda ameaçou realizar novos ataques, o ato foi uma resposta ao presidente Recep Tayyip Erdogan pela sua repressão ao povo curdo. A reivindicação foi colocada no site oficial da milícia, que divulgou também o nome do suposto kamikaze, que não seria o sírio Salih Necar, conforme anunciado pelas autoridades, mas sim um de seus militantes, Zinar Raperin, de 26 anos.   

Nascido em 2004, o TAK opera na Turquia e no Iraque e luta pela soberania do Curdistão. Suas atividades ainda são motivo de controvérsia, já que alguns acreditam que o grupo é apenas uma franja do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), a mais ativa organização militante curda, enquanto outros defendem que ele é totalmente independente.   

Desde sua fundação, o TAK reivindicou uma série de ataques na Turquia, nenhum tão grave quanto o da última quarta-feira. Das 28 vítimas, 27 eram militares. Um dia depois, uma mina instalada pelo grupo explodiu perto de Diyarbakir e matou seis soldados.   

Com 26 milhões de pessoas, os curdos são a maior etnia sem um Estado próprio em todo o mundo. Eles reclamam soberania sobre um território que cobre majoritariamente o sudeste da Turquia e o norte do Iraque e da Síria. Estima-se que o conflito de décadas com Ancara já deixou mais de 40 mil mortos. (ANSA)

 

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