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Infantino é eleito presidente da Fifa e promete 'nova era'

26/02/2016 14h27

ZURIQUE, 26 FEV (ANSA) - O ítalo-suíço Gianni Infantino foi eleito nesta sexta-feira (26) para presidir a Fifa até 2019 e melhorar a imagem da entidade, abalada por um escândalo de corrupção no ano passado.   


Atual secretário-geral da Uefa, o cartola de 45 anos tem como uma de suas principais propostas aumentar de 32 para 40 o número de seleções na Copa do Mundo, seguindo uma mentalidade já adotada pela entidade europeia ao elevar a quantidade de participantes da Eurocopa de 16 para 24.   


Inicialmente, o candidato natural da Uefa era o seu presidente suspenso, Michel Platini, mas o ex-craque francês se viu envolvido em um suposto recebimento de propina do agora ex-mandatário da Fifa Joseph Blatter. Por conta disso, os dois levaram um gancho de oito anos, posteriormente reduzido para seis.   


Infantino recebeu 115 votos, superando o xeque barenita Salman bin Ibrahim al Khalifa, que teve 88. No primeiro turno, o placar havia sido de 88 a 85 para o ítalo-suíço. Na segunda votação, sairia vencedor quem obtivesse o apoio de pelo menos 104 países.   


Antes mesmo do início da eleição, um dos candidatos, o sul-africano Tokyo Sexwale, já havia desistido da disputa. No primeiro turno, o ex-secretário-adjunto da Fifa Jérôme Champagne, com apenas sete votos, foi eliminado. Restando apenas o príncipe da Jordânia Ali bin Al Hussein e o xeque Salman al Khalifa, Infantino conseguiu obter o número necessário para se eleger.   


Ele contava com o apoio da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) e da própria Uefa. Como secretário-geral da entidade europeia, Infantino era o braço direito de Platini. Na Fifa, o cartola promete aumentar a transparência da instituição, divulgando o salário de seus dirigentes, e implantar controles mais rígidos no setor financeiro.   


Além disso, ele pretende expandir a Copa do Mundo para 40 seleções, o que pode abrir espaço para países sem tradição participarem do principal torneio de futebol do planeta.   


Poliglota, Infantino é natural de Brig, na Suíça, e possui nacionalidade italiana. Em sua primeira entrevista como presidente, prometeu "renovar a Fifa e construir uma nova era".   


(ANSA)
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