Berlusconi mostra preocupação com 'demora' em vender Milan
ROMA, 31 MAI (ANSA) - O presidente do Milan, Silvio Berlusconi, demonstrou preocupação nesta terça-feira (31) com a demora em fechar negócio para a venda de seu clube, o Milan.
Em entrevista à "Radio Radio", o ex-premier italiano afirmou que a situação está toda nas mãos do grupo de investimento chinês, que pode comprar até 70% do clube por cerca de 700 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões).
"Estou preocupado que a negociação se arraste por muito tempo porque há diversas grandes empresas chinesas que manifestaram interesse na propriedade do Milan. Essas sociedades têm participações estatais e são elas que estão debatendo sobre o percentual a ser comprado", disse o mandatário.
Segundo Berlusconi, sua exigência também está sendo analisada pelos investidores já que "é é preciso que quem me substitua faça investimentos para levar o Milan ao topo da Itália, da Europa e no mundo. Preciso ter a segurança que o Milan volte a ser um grande protagonista do futebol mundial".
No comando da equipe desde 1986, o político italiano afirmou ainda que "por eu ser uma marca importante e muito conhecida", continuará na presidência "por dois ou três anos" a pedido dos chineses.
Na entrevista, Berlusconi revelou ter um "plano B" caso não consiga vender toda estrutura da equipe.
"Se estas negociações não forem na direção que desejamos, voltamos como chefes do Milan e o projeto que tenho é aquele de um Milan que pede paciência para seus torcedores porque vai começar com um time de jovens, compacto e com grande fome de vitória. Acredito que posso repetir aquilo que aconteceu na Inglaterra com o Leicester", disse ainda o mandatário se referindo ao histórico e inédito título inglês conquistado pela equipe nesta temporada.
Questionado sobre o porque da equipe rossonera ter caído tanto de rendimento nos últimos anos - há três o Milan não sabe o que é uma competição europeia -, o ex-premier fez um "mea culpa" sobre sua atuação.
"Eu não acredito que a culpa tenha sido apenas dos treinadores, mas nos últimos quatro anos eu perdi muita serenidade, fui atacado de maneira dura e respondi a 73 processos. De minha parte, foi a falta de poder ficar no meio do time. O fato que fui expulso da política com uma sentença impossível incidiu no meu tempo e na minha capacidade de confronto positivo com os outros", disse Berlusconi.
O ex-primeiro-ministro italiano referia-se aos inúmeros escândalos nos quais seu nome foi envolvido nos últimos anos, entre eles, o de prostituição de menores nas famosas festas "Bunga-Bunga" e o de fraude fiscal, que o condenou a cumprir um ano de serviços sociais em um asilo de Milão e o fez perder seus direitos políticos até 2019. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Em entrevista à "Radio Radio", o ex-premier italiano afirmou que a situação está toda nas mãos do grupo de investimento chinês, que pode comprar até 70% do clube por cerca de 700 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões).
"Estou preocupado que a negociação se arraste por muito tempo porque há diversas grandes empresas chinesas que manifestaram interesse na propriedade do Milan. Essas sociedades têm participações estatais e são elas que estão debatendo sobre o percentual a ser comprado", disse o mandatário.
Segundo Berlusconi, sua exigência também está sendo analisada pelos investidores já que "é é preciso que quem me substitua faça investimentos para levar o Milan ao topo da Itália, da Europa e no mundo. Preciso ter a segurança que o Milan volte a ser um grande protagonista do futebol mundial".
No comando da equipe desde 1986, o político italiano afirmou ainda que "por eu ser uma marca importante e muito conhecida", continuará na presidência "por dois ou três anos" a pedido dos chineses.
Na entrevista, Berlusconi revelou ter um "plano B" caso não consiga vender toda estrutura da equipe.
"Se estas negociações não forem na direção que desejamos, voltamos como chefes do Milan e o projeto que tenho é aquele de um Milan que pede paciência para seus torcedores porque vai começar com um time de jovens, compacto e com grande fome de vitória. Acredito que posso repetir aquilo que aconteceu na Inglaterra com o Leicester", disse ainda o mandatário se referindo ao histórico e inédito título inglês conquistado pela equipe nesta temporada.
Questionado sobre o porque da equipe rossonera ter caído tanto de rendimento nos últimos anos - há três o Milan não sabe o que é uma competição europeia -, o ex-premier fez um "mea culpa" sobre sua atuação.
"Eu não acredito que a culpa tenha sido apenas dos treinadores, mas nos últimos quatro anos eu perdi muita serenidade, fui atacado de maneira dura e respondi a 73 processos. De minha parte, foi a falta de poder ficar no meio do time. O fato que fui expulso da política com uma sentença impossível incidiu no meu tempo e na minha capacidade de confronto positivo com os outros", disse Berlusconi.
O ex-primeiro-ministro italiano referia-se aos inúmeros escândalos nos quais seu nome foi envolvido nos últimos anos, entre eles, o de prostituição de menores nas famosas festas "Bunga-Bunga" e o de fraude fiscal, que o condenou a cumprir um ano de serviços sociais em um asilo de Milão e o fez perder seus direitos políticos até 2019. (ANSA)
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