Italiano descobre 'presépio' mais antigo do mundo no Egito
ROMA, 22 DEZ (ANSA) - Uma criança pequena perto dos pais, uma estrela no horizonte e dois animais: o geólogo italiano Marco Morelli, diretor do Museu de Ciências Planetárias do Prato, na região da Toscana, pode ter descoberto o primeiro presépio da história, feito há cerca de 5 mil anos. O presépio em realidade trata-se de uma pintura rupestre que se encontra em uma pequena gruta na parte egípcia do deserto do Saara rebatizada de "Grotta dei Genitori" ("Gruta dos Pais", em português). A curiosa pintura foi encontrada pelo geólogo italiano durante uma expedição que fazia com o objetivo de explorar alguns locais entre o Vale do Rio Nilo e Gilf el-Kebir, no sudoeste do Egito e no sudeste da Líbia.
O desenho foi realizado há cerca de 5 mil anos no teto da gruta com uma coloração ocre vermelho-acastanhada provavelmente por tribos nômades de caçadores e "recolhedores" de frutas e plantas do período Neolítico. "Fiquei surpreso com a incrível semelhança com o presépio cristão. É provável que [a pintura] represente uma figura 'clássica' para aquele período, o nascimento de uma criança ou a formação de um núcleo familiar, ou até rituais de presságio para o nascimento de um filho", disse Morelli à ANSA. No desenho rupestre, encontram-se três figuras humanas: um homem à direita, uma mulher à esquerda (que pode ser identificada pelos seios realizados nas partes laterais do corpo e pelas suas formas mais sinuosas) e um bebê no centro, posicionado um pouco acima dos pais talvez para representar o presságio de um nascimento ou de uma gravidez. Um pouco mais distante na imagem são visíveis dois animais de difícil interpretação: um deles um pouco mais acima das outras figuras e o outro à direita do desenho. Além disso, também à direita, pode-se ver uma forma circular que poderia representar um astro no horizonte. A descoberta da pintura foi feita em 2005, mas não foi divulgada por muitos anos já que os pesquisadores queriam estudá-la melhor em seus detalhes. "Nas nossas pesquisas não encontramos vestígios de 'presépios' tão antigos assim", afirmou Morelli. "Há muitas cenas familiares, mas em contextos e posições muito distintas. Elas representam cenas de caça, danças, pessoas caminhando. Aqui, ao contrário, encontramos uma família isolada, próxima a dois animais que parecem participar do evento do nascimento, sob aquele que parece ser um astro. Não encontramos uma cena deste tipo até o final do período Paleolítico Cristão", explicou o geólogo italiano. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O desenho foi realizado há cerca de 5 mil anos no teto da gruta com uma coloração ocre vermelho-acastanhada provavelmente por tribos nômades de caçadores e "recolhedores" de frutas e plantas do período Neolítico. "Fiquei surpreso com a incrível semelhança com o presépio cristão. É provável que [a pintura] represente uma figura 'clássica' para aquele período, o nascimento de uma criança ou a formação de um núcleo familiar, ou até rituais de presságio para o nascimento de um filho", disse Morelli à ANSA. No desenho rupestre, encontram-se três figuras humanas: um homem à direita, uma mulher à esquerda (que pode ser identificada pelos seios realizados nas partes laterais do corpo e pelas suas formas mais sinuosas) e um bebê no centro, posicionado um pouco acima dos pais talvez para representar o presságio de um nascimento ou de uma gravidez. Um pouco mais distante na imagem são visíveis dois animais de difícil interpretação: um deles um pouco mais acima das outras figuras e o outro à direita do desenho. Além disso, também à direita, pode-se ver uma forma circular que poderia representar um astro no horizonte. A descoberta da pintura foi feita em 2005, mas não foi divulgada por muitos anos já que os pesquisadores queriam estudá-la melhor em seus detalhes. "Nas nossas pesquisas não encontramos vestígios de 'presépios' tão antigos assim", afirmou Morelli. "Há muitas cenas familiares, mas em contextos e posições muito distintas. Elas representam cenas de caça, danças, pessoas caminhando. Aqui, ao contrário, encontramos uma família isolada, próxima a dois animais que parecem participar do evento do nascimento, sob aquele que parece ser um astro. Não encontramos uma cena deste tipo até o final do período Paleolítico Cristão", explicou o geólogo italiano. (ANSA)
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