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Trump e Melania condenam violência e pedem união nos EUA

24/10/2018 17h09

WASHINGTON, 24 OUT (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, junto com a primeira-dama, Melania, condenou nesta quarta-feira (24) as supostas bombas endereçadas a políticos democratas e para a rede de TV CNN e disse que "é tempo de unir o país".   

"A segurança dos americanos é nossa principal prioridade. Os atos de violência política de qualquer gênero não têm nenhum lugar neste país", disse durante coletiva na Casa Branca.   

Segundo Trump, "uma grande investigação federal está em andamento. Todo o poder do nosso governo está sendo usado para conduzir esta investigação e levar os responsáveis por esses atos desprezíveis à Justiça", Estamos extremamente zangados, chateados, descontentes com o que testemunhamos esta manhã e vamos chegar ao fundo disso".   

Antes de sua declaração, a primeira-dama norte-americana também condenou as tentativas de ataque. "Não podemos tolerar estes ataques covardes e condeno veementemente todos os que escolhem a violência", afirmou Melania, dizendo que os atos "são um ataque contra a democracia inaceitável".   

Nesta manhã, uma série de suspeitas de bomba envolvendo ícones progressistas, incluindo o ex-presidente Barack Obama e a ex-candidata à Casa Branca Hillary Clinton, colocou os Estados Unidos em alerta.   

A tensão culminou na evacuação do complexo de edifícios Time Warner Center, que abriga os estúdios da emissora "CNN", em Nova York, devido à presença de um suposto explosivo. Antes disso, o Serviço Secreto havia interceptado pacotes contendo supostas bombas e endereçados para Obama e Hillary.   

Nenhum dos dois artefatos, no entanto, chegou a seu destino. Um deles era destinado à casa de Bill e Hillary Clinton em Chappaqua, no estado de Nova York.   

Apenas o ex-presidente estava na residência, já que a ex-secretária de Estado está em campanha pelo Partido Democrata na Flórida. Segundo um oficial citado pela agência "Associated Press", a suposta bomba foi interceptada durante uma inspeção de rotina e os Clinton nunca correram o risco de recebê-la.   

A Casa Branca condenou as tentativas de ataque contra Obama e Hillary. "Esses atos terroristas são deploráveis, e os responsáveis serão punidos", declarou a porta-voz do governo, Sarah Sanders. O caso é investigado pelos Serviços Secretos e pelo FBI.   

Os pacotes foram interceptados na noite da última terça (23) e na manhã desta quarta-feira, e suspeita-se que eles tenham ligação com a bomba encontrada na caixa de correio do bilionário húngaro-americano George Soros, um dos principais financiadores do Partido Democrata, na segunda passada (22).   

Outra democrata que foi alvo dos explosivos foi a deputada Maxine Waters, da Califórnia. O pacote destinado a ela foi localizado no centro de triagem da correspondência do Congresso, em Capitol Heights, Maryland.   

"Essas ações covardes são desprezíveis e não têm lugar neste país. Os responsáveis serão levados à Justiça", reforçou o vice-presidente Mike Pence. Imprensa Uma terceira bomba provocou a evacuação do Time Warner Center, que abriga os estúdios da emissora "CNN", em Manhattan. O pacote foi encontrado na sala de correio e estaria endereçado ao ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), John Brennan, comentarista da emissora e crítico do governo de Donald Trump.   

O artefato já foi removido da sede da CNN e era formado por um explosivo e pó branco, segundo o chefe da Polícia de Nova York, James O'Neill. "Não permitiremos que esses bandidos terroristas mudem a maneira como vivemos nossas vidas", disse o governador Andrew Cuomo.   

O pacote é similar aos enviados para Obama, Hillary e Soros.   

"Esse é um tempo de divisões, e devemos fazer todo o possível, tudo o que pudermos, para manter o país unido", comentou a ex-secretária de Estado.   

O prefeito de Nova York, Bill De Blasio, anunciou um reforço das medidas de segurança, mas descartou riscos iminentes à população. Fontes do Serviço Secreto, por outro lado, desmentiram a interceptação de um pacote suspeito endereçado à Casa Branca.   

As tentativas de ataque acontecem às vésperas das eleições legislativas de meio de mandato, que renovarão toda a Câmara dos Representantes e um terço do Senado e podem fazer o Partido Republicano, de Donald Trump, perder o controle do Congresso.   

(ANSA)
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