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Brumadinho tem 99 mortos e 259 pessoas seguem desaparecidas

30/01/2019 18h54

SÃO PAULO, 30 JAN (ANSA) - As equipes de resgate de Minas Gerais informaram na tarde desta quarta-feira (30) que o balanço de mortos na tragédia de Brumadinho chegou a 99. Ainda há 259 pessoas desaparecidas.   


Dos 99 corpos tirados da lama, 57 foram identificados e estão sendo submetidos a procedimentos para enterro. Muitas famílias estão realizando apenas velórios simbólicos, sem a presença dos corpos, que precisam ser enviados imediatamente para os cemitérios devido ao estágio de decomposição. Em alguns casos, não foi possível resgatar o corpo inteiro, apenas fragmentos, que tentam ser identificados via amostras de DNA.   


As equipes concluíram hoje o quinto dia de operações de busca e o sexto desde a tragédia, que ocorreu na tarde de sexta-feira (25), quando a barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, operada pela mineradora Vale, rompeu-se, derramando 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos sobre Brumadinho.   


Ao longo desta quarta-feira, o Corpo de Bombeiros concentrou as buscas na região onde ficava o refeitório dos funcionários da Vale, local onde havia o maior número de pessoas no momento da tragédia - que ocorreu no horário do almoço. Até agora, foram retirados 10 corpos do refeitório. Em entrevista à imprensa nesta tarde, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, explicou que todas as áreas atingidas de Brumadinho estão sendo cobertas pelas equipes, que contam com apoio de agentes de outros estados, voluntários e de especialistas de Israel. "Mas a maior parte do efetivo está concentrada na área do refeitório", disse Aihara, ressaltando que a lama é um dos piores cenários para se trabalhar. Durante o dia, choveu em Brumadinho. As equipes temiam que a água pudesse piorar a situação da lama ou elevar os níveis da barragem 6, que está sendo monitorada, também com risco de rompimento. "A chuva não afetou significativamente o nível de água da barragem, o que era uma preocupação. A interrupção nas operações de busca foi por um período de tempo muito curto", informou Aihara. O delegado Arlen Bahia, da Polícia Civil de Minas Gerais, anunciou que cinco sobreviventes prestaram depoimento para compor a investigação da tragédia. O nome deles e o teor do depoimento não foram divulgados.   


"A princípio, nós vamos formalizar a prova subjetiva com esses cinco sobreviventes justamente para traçar até a dinâmica delitiva. Eles estavam na área crítica, onde efetivamente ocorreram os fatos", disse o delegado. (ANSA)
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