Navio com 356 imigrantes está à deriva há duas semanas
ROMA, 22 AGO (ANSA) - Após o impasse envolvendo o navio Open Arms, outra embarcação está há 13 dias no Mar Mediterrâneo aguardando a autorização de algum país europeu para desembarcar imigrantes. Trata-se da Ocean Viking, que pertence à ONG francesa SOS Mediterranée e aos Médicos Sem Fronteiras (MSF). A bordo do navio, que está neste momento entre a costa de Malta e a área da Sicília, na Itália, estão 356 imigrantes, dos quais 103 crianças ou menores de idade. A Comissão Europeia fez um apelo para que os Estados-membros do bloco sejam solidários e recebam os imigrantes de maneira compartilhada, como ocorreu com a Open Arms, que ficou quase 20 dias à deriva.
Ontem (21), a França se disse "pronta" a acolher "um número importante de imigrantes da Ocean Viking, mas ressaltou que não "se pode colocar em discussão o princípio de acolhimento no porto mais próximo, porque se trata de um princípio jurídico". "A única rota da Ocean Viking é a da humanidade. Estamos há 13 dias com 356 sobreviventes que já sofreram bastante. Pedimos autorização para desembarcar imediatamente em um porto seguro", apelou a ONG Médicos Sem Fronteiras via Twitter.
Os governos de Malta e da Itália têm negado os pedidos de desembarque do navio. Trata-se de um reflexo das políticas migratórias restritivas adotadas pelos dois países.
Na Itália, o ministro do Interior, Matteo Salvini, critica a atividade das ONGs, alegando que elas favorecem a imigração ilegal, a atuação de coiotes e o tráfico humano.
Além disso, o expoente do partido nacionalista Liga Norte diz que a "Itália não pode ser mais o campo de refugiados da Europa".
O país, devido à sua localização, é um dos que mais recebia barcos com dezenas de imigrantes diariamente no porto de Lampedusa. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Ontem (21), a França se disse "pronta" a acolher "um número importante de imigrantes da Ocean Viking, mas ressaltou que não "se pode colocar em discussão o princípio de acolhimento no porto mais próximo, porque se trata de um princípio jurídico". "A única rota da Ocean Viking é a da humanidade. Estamos há 13 dias com 356 sobreviventes que já sofreram bastante. Pedimos autorização para desembarcar imediatamente em um porto seguro", apelou a ONG Médicos Sem Fronteiras via Twitter.
Os governos de Malta e da Itália têm negado os pedidos de desembarque do navio. Trata-se de um reflexo das políticas migratórias restritivas adotadas pelos dois países.
Na Itália, o ministro do Interior, Matteo Salvini, critica a atividade das ONGs, alegando que elas favorecem a imigração ilegal, a atuação de coiotes e o tráfico humano.
Além disso, o expoente do partido nacionalista Liga Norte diz que a "Itália não pode ser mais o campo de refugiados da Europa".
O país, devido à sua localização, é um dos que mais recebia barcos com dezenas de imigrantes diariamente no porto de Lampedusa. (ANSA)
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