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PF pede prisão de Dilma Rousseff, mas Fachin nega

06/11/2019 09h07

SÃO PAULO, 6 NOV (ANSA) - A Polícia Federal pediu a prisão temporária da ex-presidente Dilma Rousseff e mais outras nove pessoas suspeitas de envolvimento em uma suposta compra de apoio político entre o PT e o MDB durante as eleições presidenciais de 2014. Os pedidos foram negados pelo relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin. Ele, no entanto, autorizou a intimação da ex-chefe de Estado e de outros investigados. Entre os envolvidos estão o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega (PT), dos ex-senadores Eunício Oliveira (MDB-CE) e Valdir Raupp (MDB-RO) e do ministro Vital do Rêgo Filho, do Tribunal de Contas da União (TCU). A suspeita foi cogitada após as delações premiadas do executivo Ricardo Saud, delator do caso J&F, e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em seu depoimento, Saud revela o pagamento de R$46 milhões a senadores do MDB, a pedido do Partido Trabalhista. O valor, apesar de oficial, seria uma "vantagem indevida", por se tratar da compra de apoio no pleito de 2014. Já Machado relatou pagamentos de R$40 milhões por parte do grupo J&F, a pedido de Mantega. Na ocasião, o então ministro da Fazenda também teria negociado o apoio político. O pedido de prisão contra Dilma, entretanto, alega que sua detenção era "indispensável" para identificar fontes e autorias dos crimes. Ela não é investigada no inquérito.   


Dilma, por sua vez, classificou a notícia sobre o pedido de prisão como "estarrecedora" e reforçou que "não é investigada e nunca foi chamada a prestar qualquer esclarecimento". Para a política, isto mostra "o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sergio Moro, no afã de perseguir adversários políticos".   


"O pedido de prisão é um absurdo diante do fato de não ser ela mesma investigada no inquérito em questão. E autoriza suposições várias, entre elas que se trata de uma oportuna cortina de fumaça. E também revela o esforço inconsequente do ministro da Justiça, Sérgio Moro no afã de perseguir adversários políticos.   


Sobretudo, torna visível e palpável o abuso de autoridade", explicou. A petista ainda ressaltou que "prevaleceu o bom senso e a responsabilidade" de Fachin, assim como do Ministério Público Federal. (ANSA)
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