Premiê da Itália apresentará renúncia nesta terça após reunião
ROMA, 25 JAN (ANSA) - O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, apresentará sua renúncia ao presidente Sergio Mattarella na manhã desta terça-feira (26), após participar de um Conselho de Ministros às 9h (horário local) para comunicar sua decisão.
"O Conselho de Ministros reúne-se amanhã de manhã às 9 horas, durante o qual o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, comunicará aos ministros a sua vontade de ir ao Quirinale para anunciar a sua demissão", diz uma nota oficial do Palazzo Chigi.
Segundo fontes políticas, o premiê italiano tem expectativa de que Mattarella lhe dê mandato para formar um novo governo com apoio mais amplo no Parlamento, já que a base aliada atual ficou enfraquecida depois da saída do partido Itália Viva (IV) da coalizão.
A legenda do ex-premiê Matteo Renzi rompeu com o governo por discordar de suas políticas para a utilização de recursos da União Europeia no pós-pandemia, especialmente a recusa ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), instrumento de socorro a nações em dificuldade na eurozona.
Apesar de perder a maioria absoluta no Senado, Conte recebeu o voto de confiança para se manter no poder. Ele, porém, tinha como objetivo ampliar sua bancada, mas as negociações com partidos centristas não fluíram.
Nos últimos dias, o primeiro-ministro se viu pressionado pela própria aliança, como o Partido Democrático (PD), para renunciar e tentar formar um novo governo, principalmente depois que políticos afirmaram que ele enfrentaria uma derrota no Parlamento sem uma reforma. A primeira delas seria na votação dessa semana sobre a gestão do ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, que é alvo de críticas.
Logo depois do anúncio, o Movimento 5 Estrelas (M5S) afirmou que a renúncia "é inevitável e é o único resultado desta crise perversa". Segundo nota dos líderes da Câmara e do Senado do M5S Davide Crippa e Ettore Licheri, respectivamente, a medida é um passo necessário para ampliar a maioria.
"Continuamos ao lado de Conte, continuaremos a cultivar exclusivamente o interesse dos cidadãos, pretendemos sair desta situação de incerteza que não ajuda o mais rápido possível", afirmaram, ressaltando que o governo precisa seguir para se recuperar e com o plano de vacinação. "O Movimento está aí, está pronto para fazer a sua parte".
O ex-premiê e líder do Força Itália Silvio Berlusconi, por sua vez, afirmou que "não há negociações em curso" para apoiar o atual governo.
Para ele, "o caminho principal é um só: ceder à sabedoria política e autoridade institucional do Chefe do Estado para indicar a solução da crise, através de um novo governo que represente a unidade substancial do país num momento de emergência ou para devolver a palavra aos italianos".
"Espero que o primeiro-ministro tenha consciência da inevitabilidade deste caminho", finalizou Berlusconi, defendendo um novo governo ou a convocação das eleições. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"O Conselho de Ministros reúne-se amanhã de manhã às 9 horas, durante o qual o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, comunicará aos ministros a sua vontade de ir ao Quirinale para anunciar a sua demissão", diz uma nota oficial do Palazzo Chigi.
Segundo fontes políticas, o premiê italiano tem expectativa de que Mattarella lhe dê mandato para formar um novo governo com apoio mais amplo no Parlamento, já que a base aliada atual ficou enfraquecida depois da saída do partido Itália Viva (IV) da coalizão.
A legenda do ex-premiê Matteo Renzi rompeu com o governo por discordar de suas políticas para a utilização de recursos da União Europeia no pós-pandemia, especialmente a recusa ao Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), instrumento de socorro a nações em dificuldade na eurozona.
Apesar de perder a maioria absoluta no Senado, Conte recebeu o voto de confiança para se manter no poder. Ele, porém, tinha como objetivo ampliar sua bancada, mas as negociações com partidos centristas não fluíram.
Nos últimos dias, o primeiro-ministro se viu pressionado pela própria aliança, como o Partido Democrático (PD), para renunciar e tentar formar um novo governo, principalmente depois que políticos afirmaram que ele enfrentaria uma derrota no Parlamento sem uma reforma. A primeira delas seria na votação dessa semana sobre a gestão do ministro da Justiça, Alfonso Bonafede, que é alvo de críticas.
Logo depois do anúncio, o Movimento 5 Estrelas (M5S) afirmou que a renúncia "é inevitável e é o único resultado desta crise perversa". Segundo nota dos líderes da Câmara e do Senado do M5S Davide Crippa e Ettore Licheri, respectivamente, a medida é um passo necessário para ampliar a maioria.
"Continuamos ao lado de Conte, continuaremos a cultivar exclusivamente o interesse dos cidadãos, pretendemos sair desta situação de incerteza que não ajuda o mais rápido possível", afirmaram, ressaltando que o governo precisa seguir para se recuperar e com o plano de vacinação. "O Movimento está aí, está pronto para fazer a sua parte".
O ex-premiê e líder do Força Itália Silvio Berlusconi, por sua vez, afirmou que "não há negociações em curso" para apoiar o atual governo.
Para ele, "o caminho principal é um só: ceder à sabedoria política e autoridade institucional do Chefe do Estado para indicar a solução da crise, através de um novo governo que represente a unidade substancial do país num momento de emergência ou para devolver a palavra aos italianos".
"Espero que o primeiro-ministro tenha consciência da inevitabilidade deste caminho", finalizou Berlusconi, defendendo um novo governo ou a convocação das eleições. (ANSA)
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