Em Davos, Putin fala sobre 'distopia' causada pela Covid-19
MOSCOU, 27 JAN (ANSA) - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursou nesta quarta-feira (27) no Fórum Econômico Mundial de Davos e falou sobre um mundo "distópico" por conta das mudanças provocadas pela pandemia de Covid-19. Segundo o líder russo, a crise sanitária "acelerou mudanças estruturais [nas áreas] econômica, social e política do mundo inteiro, que já estavam presentes". "O mundo corre o risco de cair na distopia [...] se não forem enfrentados os desafios políticos, econômicos, sociais e tecnológicos que a terceira década do 21º século nos coloca", acrescentou.
Putin ainda afirmou que o tempo em que se tentou construir um mundo unipolar acabou.
"Está claro que a era ligada às tentativas de construir uma ordem mundial centralizada e unipolar acabou. Na realidade, nunca começou, mas haviam tentativas nesse sentido, mas isso também passou. Tal monopólio, na sua essência, contradizia a cultura e a diversidade histórica da nossa civilização. Hoje, é essencial estabelecer mecanismos de harmonização dos vários interesses de maneira que o pluralismo, perfeitamente natural, e a concorrência não transformem tudo em anarquia e em uma série de conflitos de longa duração", acrescentou.
O presidente russo ainda alertou que as "instituições internacionais estão se enfraquecendo, os conflitos regionais se multiplicando e o sistema de segurança global está se degradando".
"Há o risco do colapso do desenvolvimento global e um risco de uma luta de todos contra todos. O jogo sem regras de países únicos, que se intensifica em nível mundial, aumentam o risco de um uso unilateral de armas", pontuou ainda.
O chefe de Estado da Rússia também criticou o poder dado para as empresas de tecnologia, ressaltando que os "gigantes tecnológicos, sobretudo os digitais, começaram a desempenhar um papel sempre mais significativo na vida da sociedade" e que, em alguns casos, "esses setores estão de fato em competição com os Estados".
Na sua fala defendendo o multilateralismo, Putin ainda celebrou a extensão do acordo sobre armas nucleares com os Estados Unidos, alvo de uma conversa telefônica nesta terça-feira (26) com o presidente Joe Biden e aprovado pelo Parlamento russo hoje. "É um passo na direção correta", afirmou ainda, ressaltando porém que há divergências pendentes sobre o tema.
Sobre a União Europeia, o líder do Kremlin ainda afirmou que é para deixar "os medos do passado, dos anos 1900" de lado para uma maior união e aplicação de uma "agenda positiva" entre os dois lados. (ANSA).
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Putin ainda afirmou que o tempo em que se tentou construir um mundo unipolar acabou.
"Está claro que a era ligada às tentativas de construir uma ordem mundial centralizada e unipolar acabou. Na realidade, nunca começou, mas haviam tentativas nesse sentido, mas isso também passou. Tal monopólio, na sua essência, contradizia a cultura e a diversidade histórica da nossa civilização. Hoje, é essencial estabelecer mecanismos de harmonização dos vários interesses de maneira que o pluralismo, perfeitamente natural, e a concorrência não transformem tudo em anarquia e em uma série de conflitos de longa duração", acrescentou.
O presidente russo ainda alertou que as "instituições internacionais estão se enfraquecendo, os conflitos regionais se multiplicando e o sistema de segurança global está se degradando".
"Há o risco do colapso do desenvolvimento global e um risco de uma luta de todos contra todos. O jogo sem regras de países únicos, que se intensifica em nível mundial, aumentam o risco de um uso unilateral de armas", pontuou ainda.
O chefe de Estado da Rússia também criticou o poder dado para as empresas de tecnologia, ressaltando que os "gigantes tecnológicos, sobretudo os digitais, começaram a desempenhar um papel sempre mais significativo na vida da sociedade" e que, em alguns casos, "esses setores estão de fato em competição com os Estados".
Na sua fala defendendo o multilateralismo, Putin ainda celebrou a extensão do acordo sobre armas nucleares com os Estados Unidos, alvo de uma conversa telefônica nesta terça-feira (26) com o presidente Joe Biden e aprovado pelo Parlamento russo hoje. "É um passo na direção correta", afirmou ainda, ressaltando porém que há divergências pendentes sobre o tema.
Sobre a União Europeia, o líder do Kremlin ainda afirmou que é para deixar "os medos do passado, dos anos 1900" de lado para uma maior união e aplicação de uma "agenda positiva" entre os dois lados. (ANSA).
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