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Rússia e Reino Unido têm 'incidente' no Mar Negro

23/06/2021 12h16

MOSCOU, 23 JUN (ANSA) - Um barco da Guarda de Fronteiras e um jato de combate da Rússia deram tiros de advertência contra um destroier britânico no Mar Negro, informaram as autoridades de Moscou nesta quarta-feira (23). Segundo os russos, a embarcação HMS Defender invadiu suas águas territoriais, em cerca de três quilômetros, e foi alertada.   

O Ministério da Defesa, conforme a agência de notícias estatal Interfax, ainda convocou o funcionário militar que fica na embaixada do Reino Unido em Moscou para protesto. Já Londres informou que a embaixadora local, Deborah Bronnert, também foi convocada.   

No entanto, a pasta britânica negou o incidente e disse que o navio "estava conduzindo um trânsito inocente nas águas territoriais ucranianas no respeito do direito internacional" e que nenhum tipo de problema ocorreu na travessia. Ainda conforme o Ministério, o HMS Defender navegou próximo ao território da Crimeia, que a Rússia anexou de forma unilateral em 2014.   

"Nenhum tiro foi disparado contra o HMS Defender e nós não reconhecemos o alerta de que bombas foram lançadas em seu caminho. Como é de rotina, os navios russos seguiram o destroier e o informaram sobre os exercícios de treinamento na área próxima", disse a pasta.   

No entanto, mesmo após a negativa dos britânicos, o Ministério de Defesa de Moscou publicou uma nota oficial, repercutida pela agência Tass, em que acusa Londres de "violar a Convenção das Nações Unidas de 1982" e pede que os britânicos "façam uma investigação aprofundada sobre o equipamento da HMS Defender para a prevenção de incidentes similares no futuro".   

Há cerca de dois meses, em meio a uma escalada na tensão com a Ucrânia e a União Europeia, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, afirmou que os países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) estavam fazendo muitas movimentações no Mar Negro.   

De acordo com Grushko, o Kremlin "está preocupado" com o "aumento da atividade dos Estados não costeiros" na área e que "o número de entradas de países da Otan e a duração da presença dos navios de guerra aumentaram". (ANSA).   

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