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Milei quer transferir embaixada em Israel para Jerusalém

17.jan.2024 - O presidente da Argentina, Javier Milei, durante discurso em Davos, na Suíça - Denis Balibouse/Reuters 17.jan.2024 - O presidente da Argentina, Javier Milei, durante discurso em Davos, na Suíça - Denis Balibouse/Reuters
17.jan.2024 - O presidente da Argentina, Javier Milei, durante discurso em Davos, na Suíça Imagem: Denis Balibouse/Reuters

06/02/2024 11h42

O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta terça-feira (6) a intenção de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém, dando sequência a um movimento iniciado pelo então mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2017.

A medida foi anunciada após a chegada do líder ultraliberal em solo israelense, onde foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores Israel Katz.

"Quero agradecer-lhe por ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel e por ter anunciado a transferência da embaixada argentina para Jerusalém, capital do povo judeu e do Estado de Israel", disse Katz, segundo nota oficial.

Já o premiê Benjamin Netanyahu felicitou Milei por ter cumprido uma promessa de campanha - os dois líderes devem se reunir pessoalmente nesta quarta-feira (7).

A grande maioria dos países mantém suas embaixadas em Tel Aviv, uma vez que Jerusalém Oriental também é reivindicada como capital de um futuro Estado palestino.

Em 2017, no entanto, Trump ordenou a transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, ação que inflamou os ânimos no Oriente Médio e provocou uma onda de protestos na Faixa e Gaza e na Cisjordânia. Apesar de controversa, a mudança não foi revertida pelo atual presidente dos EUA, Joe Biden.

Países como Guatemala, Honduras e Kosovo também levaram suas sedes diplomáticas para Jerusalém, mas essa abordagem ainda é amplamente minoritária na comunidade internacional, que a vê como um entrave para as negociações de paz entre árabes e israelenses.

O ex-presidente Jair Bolsonaro também chegou a dizer que transferiria a embaixada brasileira para Jerusalém, mas acabou recuando. (ANSA).


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