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Projeto Itália-Albânia sobre migrantes atrai olhares, diz Meloni

16/10/2024 14h20

BRUXELAS, 16 OUT (ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, afirmou nesta quarta-feira (16) que muitos países da União Europeia estão olhando com atenção para o projeto dos controversos centros de identificação e acolhimento de migrantes construídos na Albânia.   

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"Há muitos países que olham para o modelo Albânia e para as políticas migratórias italianas. A reunião de amanhã com os países que consideramos com ideias semelhantes será muito concorrida. O assunto não é apenas italiano, é europeu", disse a chefe de governo, que também agradeceu Ursula von der Leyen, presidente do poder Executivo da UE, pelo seu trabalho.   

A declaração da premiê segue a mesma linha dos comentários do ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, durante uma sessão da Câmara dos Deputados. Na ocasião, ele destacou que ao menos 15 países do continente manifestaram interesse no projeto.   

"A atenção dada ao projeto por 15 países europeus e pela própria UE é a maior prova do valor experimental e inovador de uma iniciativa que visa combater a migração ilegal sem afetar as garantias dos direitos fundamentais das pessoas", disse.   

Apesar do retorno positivo de Von der Leyen, que destacou o potencial de o modelo ser imitado por outras nações, os partidos de oposição da Itália, como o centro-esquerdista Partido Democrático (PD), criticaram o projeto. Elly Schlein, líder da legenda, disse ao Corriere della Sera que o dinheiro investido poderia ser usado na saúde pública.   

De todas as formas, o primeiro grupo de migrantes enviado pela Itália para os novos centros em território albanês chegou hoje ao porto de Shengjin, que também foi palco de um pequeno protesto de um grupo de jovens ativistas.   

"Contestamos o acordo desde o início porque viola gravemente os direitos humanos. Rama e Meloni são dois líderes autocráticos e não foram transparentes sobre o acordo, que corre o risco de se transformar em um precedente perigoso para a Europa", argumentou a ativista Sidorela Vatnikaj em entrevista à ANSA.   

A mídia italiana disse que os 300 mil euros gastos na operação de hoje poderiam ter financiado cruzeiros de até três semanas pelo Caribe para cada migrante. Além disso, a baixa quantidade de pessoas encaminhada foi alvo de questionamentos.   

(ANSA).   

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