Divisão do Pará: Isolamento, preconceitos e desperdício preocupam moradores
O isolamento de algumas regiões, o aumento dos gastos públicos e antigos preconceitos são alguns dos temas que estão na cabeça da população do Pará, que vai decidir em um plebiscito se o Estado será dividido em três unidades.
Isolamento, preconceitos e desperdício preocupam paraenses
A agricultora Regina de Sousa Meireles reclama que hoje o oeste paraense está isolado pela falta de boas estradas para a região, sobretudo quando chove. Na sua opinião, a criação do Estado de Tapajós pode melhorar isso.
O artista plástico Laurimar Leal, também de Tapajós, afirma que pessoas nascidas na região são chamadas hoje de "mocorongos", um apelido pejorativo, em sua opinião. A criação de um novo Estado poderia ajudar a acabar com preconceitos antigos e restaurar um certo orgulho no povo.
Mas nem todos acreditam que a divisão do Pará é uma boa ideia. Para o vendedor João Alexandre Trindade da Silva, de Belém, os problemas das três regiões continuariam mesmo com a divisão. Além disso, para ele haveria maiores gastos públicos e empreguismo nos novos governos.
Outro vendedor de Belém, Jailson Caldas, concorda: "Mais um Estado, mais dois, é mais vereador, mais corrupção, mais safadeza".
O plebiscito que decidirá sobre a eventual divisão do Estado em três será no dia próximo dia 11.
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