Manifestantes põem fogo no Congresso do Paraguai após Senado aprovar reeleição
Confrotos violentos ocorrem após senadores aprovarem reeleição presidencial em reunião a portas fechadas. Parte da oposição denuncia a medida como um "golpe parlamentar".Manifestantes que protestavam no Paraguai contra a aprovação de um projeto de emenda constitucional para habilitar a reeleição presidencial entraram à força no Congresso e queimaram parte do edifício, segundo mostrou a televisão local.Os incidentes começaram depois que um grupo de senadores aprovou nesta sexta-feira (31/03) a reeleição presidencial em uma reunião a portas fechadas, nas dependências da Frente Guasú, do ex-presidente Fernando Lugo, e sem a presença dos demais legisladores e do presidente do Senado, Roberto Acevedo.No total, 25 dos 45 senadores votaram a favor da emenda que institui a reeleição. A emenda deverá ser ratificada neste sábado pela Câmara dos Deputados, também controlada pelos governistas. Parlamentares de oposição acusaram a manobra de "golpe parlamentar".O partido de Lugo aprovou a emenda para que o ex-bispo possa concorrer nas eleições de 2018, e o Partido Colorado, para que o atual presidente do Paraguai, Horacio Cartes, possa fazer o mesmo. Por outro lado, o Partido Liberal, o maior da oposição, e outras forças opositoras, alegam que a emenda é anticonstitucional como meio de facultar um segundo mandato presidencial.Confronto violentoVárias centenas de pessoas romperam a barreira policial, destroçaram vidraças do prédio no centro histórico de Assunção e queimaram as portas de entrada, além de lançar morteiros e pedras contra a polícia. As forças de segurança responderam com balas de borracha, gás lacrimogêneo e jatos de água.Trata-se do segundo incidente violento do dia no Congresso paraguaio, depois que no primeiro ficaram feridos por balas de borracha o deputado Edgar Acosta e o presidente do Partido Liberal, Efraín Alegre. Ao menos 12 pessoas ficaram feridas, a maioria por balas de borracha e golpes de cassetete.FF/efe/afp/ots
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