Alemanices: Fila preferencial? Não tem
Na Alemanha, é raro encontrar atendimento preferencial em supermercados e repartições públicas. Vale a regra do "cada um tem sua vez", mas respeitar a ordem da fila nem sempre é uma virtude alemã.A impressão de estrangeiros na Alemanha é de que, se houvesse fila preferencial para idosos, gestantes e pais com crianças de colo, todas as outras pessoas sempre esperariam horas pelo atendimento. Afinal, a expectativa de vida por aqui é de 81 anos de idade e, desde 2015, a taxa de natalidade tem aumentado (1,5 filho por mulher), segundo a agência de estatísticas do governo, a Destatis.
Mas, enfim, atendimento preferencial praticamente não existe por aqui. Idosos, pessoas com deficiência, pai com três filhos pequenos e gestante já perto do parto não têm preferência sobre outros clientes em supermercados e lojas de departamento. Dependendo da prefeitura, não há senha para atendimento preferencial para fazer o anmeldung, o registro do endereço. Todos têm de esperar pela sua vez.
Essa é a regra, mas a paciência de ficar em filas não é uma virtude alemã. Fura-filas estão por toda parte. É muito difícil organizar uma fileira, caso não haja espaço apropriado e sinalização. O tempo de espera depende do local. Nos supermercados, é, em geral, rápido, mas nos correios custa muito tempo nos horários de pico de atendimento.
No supermercado, os caixas, que trabalham em velocidade recorde, de repente abrem mais um caixa e chamam os clientes. Ninguém se importa com a ordem da fila anterior. Quem for mais rápido, será o primeiro. E, se você estava distraído, verá os clientes que estavam atrás já estão pagando as compras do outro lado e prontos para ir embora.
Já no transporte público, há assentos e espaços destinados a idosos, pessoas com deficiência física, mães com carrinhos de bebê e ciclistas. O carrinho da criança sempre tem preferência em relação à bicicleta. Nesse caso, o ciclista é obrigado a deixar o ônibus e, se não o fizer, logo levará uma bronca do motorista.
Não é muito comum perguntar a um idoso se a pessoa quer se sentar no seu lugar. Alguns não gostam do gesto, outros recusam e, pela minha experiência, poucos aceitam.
Na coluna Alemanices, publicada às sextas-feiras, Karina Gomes escreve crônicas sobre os hábitos alemães, com os quais ainda tenta se acostumar. A repórter da DW Brasil e DW África tem prêmios jornalísticos na área de sustentabilidade e é mestre em Direitos Humanos.
Mas, enfim, atendimento preferencial praticamente não existe por aqui. Idosos, pessoas com deficiência, pai com três filhos pequenos e gestante já perto do parto não têm preferência sobre outros clientes em supermercados e lojas de departamento. Dependendo da prefeitura, não há senha para atendimento preferencial para fazer o anmeldung, o registro do endereço. Todos têm de esperar pela sua vez.
Essa é a regra, mas a paciência de ficar em filas não é uma virtude alemã. Fura-filas estão por toda parte. É muito difícil organizar uma fileira, caso não haja espaço apropriado e sinalização. O tempo de espera depende do local. Nos supermercados, é, em geral, rápido, mas nos correios custa muito tempo nos horários de pico de atendimento.
No supermercado, os caixas, que trabalham em velocidade recorde, de repente abrem mais um caixa e chamam os clientes. Ninguém se importa com a ordem da fila anterior. Quem for mais rápido, será o primeiro. E, se você estava distraído, verá os clientes que estavam atrás já estão pagando as compras do outro lado e prontos para ir embora.
Já no transporte público, há assentos e espaços destinados a idosos, pessoas com deficiência física, mães com carrinhos de bebê e ciclistas. O carrinho da criança sempre tem preferência em relação à bicicleta. Nesse caso, o ciclista é obrigado a deixar o ônibus e, se não o fizer, logo levará uma bronca do motorista.
Não é muito comum perguntar a um idoso se a pessoa quer se sentar no seu lugar. Alguns não gostam do gesto, outros recusam e, pela minha experiência, poucos aceitam.
Na coluna Alemanices, publicada às sextas-feiras, Karina Gomes escreve crônicas sobre os hábitos alemães, com os quais ainda tenta se acostumar. A repórter da DW Brasil e DW África tem prêmios jornalísticos na área de sustentabilidade e é mestre em Direitos Humanos.
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