Reino Unido cria Ministério da Solidão
Tido como uma epidemia oculta, problema afeta mais de 9 milhões de britânicos. Novo cargo honra trabalho da deputada Jo Cox, que militava a favor de pessoas solitárias e foi morta nas vésperas do referendo do Brexit.O Reino Unido nomeou nesta quarta-feira (17/01), pela primeira vez na história, uma ministra da Solidão, para enfrentar o que a primeira-ministra britânica, Theresa May, descreveu como "a triste realidade da vida moderna", que afeta milhões de britânicos.
Tracey Crouch, também encarregada de Esporte e Sociedade Civil, vai acumular o cargo como parte de uma estratégia mais ampla para combater a solidão no país, problema associado a demência, mortalidade prematura e pressão sanguínea alta.
"Para muitas pessoas, a solidão é a triste realidade da vida moderna", disse May. "Quero enfrentar esse desafio pela nossa sociedade e para que todos nós possamos agir para combater a solidão enfrentada pelos mais velhos, pelos cuidadores, por aqueles que perderam seus entes amados – pessoas que não têm ninguém para conversar ou compartilhar seus pensamentos e experiências", acrescentou a premiê.
Mais de 9 milhões de pessoas dizem viver permanentemente ou frequentemente sozinhas, de uma população de 65,6 milhões, de acordo com a Cruz Vermelha Britânica. A instituição descreve a solidão e isolamento como uma "epidemia oculta", afetando pessoas de todas as idades e em todos os momentos de suas vidas, como durante a aposentadoria, na morte do parceiro ou na separação.
A nomeação ministerial segue uma recomendação de um comitê criado pela deputada assassinada Jo Cox, uma legisladora do Partido Trabalhista que foi morta em 2016 por um extremista de direita, nas vésperas do referendo sobre o Brexit. O caso chocou o Reino Unido.
A Comissão Jo Cox para a Solidão, criada pela deputada pouco antes de ela ser morta, pediu para que fosse designado um ministério para tratar do problema. "Jo estaria nas nuvens", escreveu o viúvo da deputada, Brendan Cox.
"Jo experimentou e testemunhou a solidão através de sua vida, especialmente quando começou a estudar na Universidade de Cambridge e esteve separada de sua irmã Kim, pela primeira vez", escreveu a Fundação Jo Cox no Twitter.
"Ela ficaria encantada com o novo cargo de Tracey Crouch como ministra da Solidão e diria 'vamos ao trabalho!'", acrescentou a organização.
MD/rtr/afp
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
Tracey Crouch, também encarregada de Esporte e Sociedade Civil, vai acumular o cargo como parte de uma estratégia mais ampla para combater a solidão no país, problema associado a demência, mortalidade prematura e pressão sanguínea alta.
"Para muitas pessoas, a solidão é a triste realidade da vida moderna", disse May. "Quero enfrentar esse desafio pela nossa sociedade e para que todos nós possamos agir para combater a solidão enfrentada pelos mais velhos, pelos cuidadores, por aqueles que perderam seus entes amados – pessoas que não têm ninguém para conversar ou compartilhar seus pensamentos e experiências", acrescentou a premiê.
Mais de 9 milhões de pessoas dizem viver permanentemente ou frequentemente sozinhas, de uma população de 65,6 milhões, de acordo com a Cruz Vermelha Britânica. A instituição descreve a solidão e isolamento como uma "epidemia oculta", afetando pessoas de todas as idades e em todos os momentos de suas vidas, como durante a aposentadoria, na morte do parceiro ou na separação.
A nomeação ministerial segue uma recomendação de um comitê criado pela deputada assassinada Jo Cox, uma legisladora do Partido Trabalhista que foi morta em 2016 por um extremista de direita, nas vésperas do referendo sobre o Brexit. O caso chocou o Reino Unido.
A Comissão Jo Cox para a Solidão, criada pela deputada pouco antes de ela ser morta, pediu para que fosse designado um ministério para tratar do problema. "Jo estaria nas nuvens", escreveu o viúvo da deputada, Brendan Cox.
"Jo experimentou e testemunhou a solidão através de sua vida, especialmente quando começou a estudar na Universidade de Cambridge e esteve separada de sua irmã Kim, pela primeira vez", escreveu a Fundação Jo Cox no Twitter.
"Ela ficaria encantada com o novo cargo de Tracey Crouch como ministra da Solidão e diria 'vamos ao trabalho!'", acrescentou a organização.
MD/rtr/afp
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