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Onda de gripe mata mais de 130 na Alemanha

26/02/2018 16h54

Mais de 82 mil pessoas foram diagnosticadas com gripe na atual temporada de outono e inverno no país, afirma Instituto Robert Koch. Um dos motivos seria um erro de avaliação da Organização Mundial de Saúde.Uma onda de gripe já causou a morte de ao menos 136 pessoas na Alemanha desde outubro de 2017, e mais de 80 mil infecções foram diagnosticadas no período.

Somente na terceira semana de fevereiro, o Instituto Robert Koch registrou cerca de 24 mil novos casos. Na semana anterior, ainda eram 18.700 infecções em toda a Alemanha.

O foco está atualmente centrado no sul e no leste do país, disse o grupo de trabalho Influenza, do Instituto Robert Koch. A maioria das mortes foi entre pessoas de terceira idade.

No entanto, o número de mortes pode ser maior, explicou a porta-voz do Instituto Robert Koch, Susanne Glasmacher. No caso de uma pneumonia bacteriana como causa de morte, os agentes patogênicos da gripe geralmente não podem ser detectados como causa, por exemplo.

O número de afetados pela gripe aumentou significativamente a partir de meados de fevereiro e, segundo Glasmacher, a tendência é que continue subindo.

Predominantemente está em circulação o influenzavirus B (75%), mas também há registros de tipos de influenzavírus A (H1N1, com 21%, e H3N2, com 4%).

Segundo alguns veículos de comunicação alemães, um dos motivos para a atual onda de gripe é um erro de avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS). A vacina tripla recomendada pela organização não funciona contra o vírus Yamagata, que faz parte da categoria dos influenzavírus B e necessita da vacina quádrupla.

Mas, em geral, a vacinação nunca é um antídoto com 100% de eficácia. Um dos motivos para isso é que o conteúdo das vacinas é compilado com base em probabilidades antes do início da chamada "temporada de gripe" no inverno europeu. Os serviços de saúde oferecem vacinas triplas gratuitas. "A eficácia da vacina está atualmente em 46%", segundo Glasmacher – um valor tido como normal dentro da flutuação usual de eficácia no combate à gripe.

O Instituto Robert Koch não foi capaz de avaliar quão forte é o surto atual de gripe em comparação com outros anos. Segundo Glasmacher, o número de visitas ao médico devido a dificuldades respiratórias agudas é atualmente bem maior do que nos anos anteriores. Por isso, a especialista afirma que faz sentido se vacinar contra a gripe agora: "A configuração da proteção demora duas semanas. Até lá, a onda de gripe ainda não acabou".

PV/dpa/ots

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