Maduro corta três zeros "para fortalecer o bolívar"
Nova moeda vai se chamar bolívar soberano. Presidente apresenta cédulas e diz que medida visa fazer frente à "guerra econômica de perseguição" conduzida à partir da Colômbia.O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta-feira (22/03) o corte de três zeros do bolívar, com o objetivo de fortalecer a moeda venezuelana. O decreto presidencial prevê ainda que novas cédulas entrarão em circulação no país a partir de 4 de junho.
"Decidi reduzir três zeros da moeda e tirar de circulação o cone monetário [conjunto das notas e moedas] para garantir ao povo da Venezuela suas atividades comerciais e monetárias", disse Maduro, em pronunciamento na televisão estatal. "Vamos desmonetizar o atual cone monetário por um novo cone, o bolívar soberano. Não vamos dolarizar nossa economia, vamos defender o nosso bolívar", destacou.
O bolívar soberano será criado, segundo o presidente, a partir de uma solução estrutural, profunda e definitiva, com o objetivo de dar estabilidade ao país. A televisão estatal divulgou imagens do bolívar soberano, com a introdução de moedas de 50 centavos e de 1 bolívar, além de notas de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500.
Vários deputados venezuelanos rechaçaram a medida, afirmado que não traz soluções para a dura crise que o país atravessa. "A reconversão monetária anunciada por Maduro não resolverá nenhum dos problemas dos venezuelanos", afirmou o líder da oposição, Rafael Guzmán, destacando que a criação da nova moeda "aprofunda o caos e aumenta a deterioração" da economia.
Maduro, que concorre à reeleição, assegurou que conseguirá superar a crise econômica no próximo mandato. Ele diz que o novo cone monetário fará frente à "guerra econômica de perseguição financeira" que seu governo atravessa, que atribui ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e à oposição.
O antecessor de Maduro, Hugo Chávez (1999-2013), adotou medida semelhante em 2008, também com o corte de três zeros da moeda, substituindo o bolívar pelo bolívar forte. No final de 2016, o governo havia colocado em circulação seis cédulas novas nos valores de 500, mil, 2 mil, 5 mil, dez mil e 20 mil bolívares.
RC/lusa/efe
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
"Decidi reduzir três zeros da moeda e tirar de circulação o cone monetário [conjunto das notas e moedas] para garantir ao povo da Venezuela suas atividades comerciais e monetárias", disse Maduro, em pronunciamento na televisão estatal. "Vamos desmonetizar o atual cone monetário por um novo cone, o bolívar soberano. Não vamos dolarizar nossa economia, vamos defender o nosso bolívar", destacou.
O bolívar soberano será criado, segundo o presidente, a partir de uma solução estrutural, profunda e definitiva, com o objetivo de dar estabilidade ao país. A televisão estatal divulgou imagens do bolívar soberano, com a introdução de moedas de 50 centavos e de 1 bolívar, além de notas de 2, 5, 10, 20, 50, 100, 200 e 500.
Vários deputados venezuelanos rechaçaram a medida, afirmado que não traz soluções para a dura crise que o país atravessa. "A reconversão monetária anunciada por Maduro não resolverá nenhum dos problemas dos venezuelanos", afirmou o líder da oposição, Rafael Guzmán, destacando que a criação da nova moeda "aprofunda o caos e aumenta a deterioração" da economia.
Maduro, que concorre à reeleição, assegurou que conseguirá superar a crise econômica no próximo mandato. Ele diz que o novo cone monetário fará frente à "guerra econômica de perseguição financeira" que seu governo atravessa, que atribui ao presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e à oposição.
O antecessor de Maduro, Hugo Chávez (1999-2013), adotou medida semelhante em 2008, também com o corte de três zeros da moeda, substituindo o bolívar pelo bolívar forte. No final de 2016, o governo havia colocado em circulação seis cédulas novas nos valores de 500, mil, 2 mil, 5 mil, dez mil e 20 mil bolívares.
RC/lusa/efe
----------------
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.