Putin manifesta apoio a Maduro em Moscou
Presidente da Venezuela viajou à Rússia em busca de ajuda financeira para seu país, assolado por uma grave crise econômica. Maduro disse ao líder russo esperar que o encontro fortaleça a cooperação bilateral.O presidente russo, Vladimir Putin, manifestou nesta quarta-feira (05/12) apoio ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, que visita Moscou em busca de ajuda financeira para seu país.
Maduro espera poder contar com o apoio da Rússia após ter se isolado cada vez mais no cenário internacional. Os Estados Unidos e União Europeia (UE) aplicaram sanções ao governo do presidente venezuelano, acusado de minar instituições democráticas para se manter no poder enquanto seu país enfrenta uma grave crise econômica e política.
No início do encontro na capital russa, Putin reconheceu que "a situação na Venezuela continua difícil" e destacou que a Rússia apoia os esforços de Maduro para "conseguir o entendimento na sociedade e a normalização das relações com a oposição".
"Certamente, condenamos qualquer ação que tenha uma clara natureza terrorista, qualquer tentativa de mudar a situação com ajuda da força", ponderou o presidente russo.
Maduro respondeu afirmando que seu governo superou desafios com que teve que lidar. "Enfrentamos várias ameaças e agressão, mas aprendemos como lidar com elas. Mantemo-nos firme, estamos vencendo."
O presidente venezuelano afirmou ainda estar ansioso para ampliar os laços econômicos com a Rússia, um importante aliado de Caracas. Maduro disse ter certeza de que a conversa com Putin resultaria em "boas notícias para a cooperação e para as economias dos nossos países".
Antes do encontro, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que Maduro viajou a Moscou especificamente para pedir ajuda financeira. "A conversa terá como foco a ajuda de que o líder venezuelano precisa", disse Peskov, sem dar detalhes de quanto a Rússia poderia emprestar a Caracas.
A Rússia e a Venezuela mantêm laços de longa data. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, era um convidado bem-vindo no Kremlin.
A maior petrolífera russa, a Rosneft, investiu fortemente no país sul-americano, cuja produção de petróleo vem caindo a cada mês. Mesmo com a produção em queda, a Venezuela precisa continuar fornecendo para Rússia, China e Cuba para cobrir dívidas e agradar aos aliados políticos. Ao mesmo tempo, o país também vende petróleo para os EUA para obter dólares.
Recentemente, o CEO da Rosneft, Igor Sechin, visitou Caracas e pressionou o governo de Maduro a continuar se atendo a seus compromissos com a Rússia.
Críticos culpam duas décadas de governos socialistas, corrupção e má gestão pela destruição da antes próspera indústria petrolífera da Venezuela, sob comando da estatal PDVSA.
Com uma economia dependente do petróleo, o país sofreu com a queda global do preço da commodity. A grave crise econômica que afeta a Venezuela, marcada por hiperinflação e escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, provocou um êxodo de centenas de milhares de venezuelanos. A ONU estima que 3 milhões deixaram o país desde 2015.
LPF/ap/afp/efe
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Maduro espera poder contar com o apoio da Rússia após ter se isolado cada vez mais no cenário internacional. Os Estados Unidos e União Europeia (UE) aplicaram sanções ao governo do presidente venezuelano, acusado de minar instituições democráticas para se manter no poder enquanto seu país enfrenta uma grave crise econômica e política.
No início do encontro na capital russa, Putin reconheceu que "a situação na Venezuela continua difícil" e destacou que a Rússia apoia os esforços de Maduro para "conseguir o entendimento na sociedade e a normalização das relações com a oposição".
"Certamente, condenamos qualquer ação que tenha uma clara natureza terrorista, qualquer tentativa de mudar a situação com ajuda da força", ponderou o presidente russo.
Maduro respondeu afirmando que seu governo superou desafios com que teve que lidar. "Enfrentamos várias ameaças e agressão, mas aprendemos como lidar com elas. Mantemo-nos firme, estamos vencendo."
O presidente venezuelano afirmou ainda estar ansioso para ampliar os laços econômicos com a Rússia, um importante aliado de Caracas. Maduro disse ter certeza de que a conversa com Putin resultaria em "boas notícias para a cooperação e para as economias dos nossos países".
Antes do encontro, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou que Maduro viajou a Moscou especificamente para pedir ajuda financeira. "A conversa terá como foco a ajuda de que o líder venezuelano precisa", disse Peskov, sem dar detalhes de quanto a Rússia poderia emprestar a Caracas.
A Rússia e a Venezuela mantêm laços de longa data. O antecessor de Maduro, Hugo Chávez, era um convidado bem-vindo no Kremlin.
A maior petrolífera russa, a Rosneft, investiu fortemente no país sul-americano, cuja produção de petróleo vem caindo a cada mês. Mesmo com a produção em queda, a Venezuela precisa continuar fornecendo para Rússia, China e Cuba para cobrir dívidas e agradar aos aliados políticos. Ao mesmo tempo, o país também vende petróleo para os EUA para obter dólares.
Recentemente, o CEO da Rosneft, Igor Sechin, visitou Caracas e pressionou o governo de Maduro a continuar se atendo a seus compromissos com a Rússia.
Críticos culpam duas décadas de governos socialistas, corrupção e má gestão pela destruição da antes próspera indústria petrolífera da Venezuela, sob comando da estatal PDVSA.
Com uma economia dependente do petróleo, o país sofreu com a queda global do preço da commodity. A grave crise econômica que afeta a Venezuela, marcada por hiperinflação e escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, provocou um êxodo de centenas de milhares de venezuelanos. A ONU estima que 3 milhões deixaram o país desde 2015.
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