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Merkel presta solidariedade à comunidade judaica

Merkel participou da vigília em homenagem às vítimas do atentado - Reprodução/Twitter
Merkel participou da vigília em homenagem às vítimas do atentado Imagem: Reprodução/Twitter

09/10/2019 19h46

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, participou hoje de uma vigília diante da Nova Sinagoga, em Berlim, para prestar solidariedade às vítimas do ataque ocorrido na cidade de Halle, no leste do país, em que duas pessoas foram mortas.

As imagens da participação da chefe de governo foram publicadas no Twitter, junto com uma mensagem assinada pelo porta-voz de Merkel, Steffen Seibert. "Temos que marcar posição de forma firme contra toda fora de antissemitismo", diz o texto.

O atual prédio da Nova Sinagoga é uma reconstrução da fachada do que foi a principal sinagoga da comunidade judaica berlinense e que foi destruída na época da Segunda Guerra. O endereço é hoje um monumento judaico e não funciona mais como uma sinagoga.

Mais cedo, pelas redes sociais, Seibert já havia se manifestado sobre o atentado em Halle, cujas as motivações, de acordo com as primeiras informações, são antissemitas, no mesmo dia em que é celebrado o Yom Kippur, principal data do calendário judaico.

O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, também pediu solidariedade com aos cidadãos judeus. Durante uma cerimônia em Leipzig, Steinmeier disse que "tal ataque a uma sinagoga judaica totalmente ocupada parecia não ser mais imaginável na Alemanha", acrescentando que um dia de alegria se transformou "num dia de sofrimento".

O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer, afirmou que o ataque provavelmente teve motivo antissemita e está conectado ao extremismo de direita.

Josef Schuster, presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, acusou a polícia de falhar no incidente. "O fato de a sinagoga de Halle não estar sendo protegida pela polícia em um feriado como Yom Kippur é algo escandaloso", afirmou. "A brutalidade do ataque excede qualquer coisa anteriormente vista nos anos anteriores e é um choque profundo para todos os judeus na Alemanha", acrescentou.