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'É hora de um cessar-fogo' em Gaza, dizem EUA

Prédios destruídos em Khan Younis, na Faixa de Gaza Imagem: UN News/Handout via REUTERS - 11.abr.2024

01/05/2024 16h54

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou nesta quarta-feira (01/05) que seu país está "decidido" a obter rapidamente um cessar-fogo entre Israel e Hamas em Gaza.

Blinken chegou nesta semana a Israel, na sétima visita ao país desde a eclosão da guerra, em 7 de outubro, quando terroristas do Hamas invadiram Israel e massacraram civis. Nesta última viagem, Blinken vem se dividindo em duas frentes. Por um lado, ele tenta pressionar o Hamas para que o grupo aceite uma nova proposta de cessar-fogo, depois de quase sete meses de uma guerra.

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Em outra frente, Blinken vem reiterando ao governo israelense a oposição dos EUA de uma eventual invasão israelense de Rafah, no sul de Gaza. Os EUA também têm pedido para que Israel permita a entrada de mais ajuda humanitária no enclave palestino.

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"Inclusive nestes tempos tão difíceis estamos decididos a conseguir um cessar-fogo que traga os reféns para casa, e temos que conseguir já", declarou Blinken ao se reunir em Tel Aviv com o presidente israelense, Isaac Herzog. "A única razão pela qual isto não foi possível chama-se Hamas."

Em seguida, Blinken se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e reiterou sua rejeição a uma operação terrestre contra Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos procuraram refúgio.

Blinken "reiterou a clara posição dos Estados Unidos sobre Rafah", informou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Horas antes de Blinken aterrissar em Israel, Netanyahu reafirmou seus planos de invadir Rafah. "Entraremos em Rafah e eliminaremos os batalhões do Hamas, com ou sem acordo [de trégua], para conseguir a vitória total", declarou. A ajuda externa a Gaza, controlada estritamente por Israel, também tem chegado a conta-gotas principalmente do Egito. No momento, os EUA também pressionam Israel para que facilite a entrada de ajuda por terra. Os EUA também iniciaram a construção de um cais flutuante no litoral de Gaza para a chegada de mantimentos.

Uma delegação do Hamas esteve na segunda no Cairo, a capital do Egito, e retornou ao Catar para estudar a nova proposta de trégua, segundo uma fonte próxima do grupo. O Hamas responderá à proposta "muito em breve", afirmou nesta quarta Suhail al Hindi, alto dirigente do grupo palestino que enfatizou que o cessar-fogo deve ser permanente.

Segundo um alto funcionário israelense, o governo vai esperar o Hamas até a noite desta quarta, antes de decidir se envia uma delegação ao Egito com vistas a um possível acordo.

Egito, Catar e Estados Unidos, os países mediadores, trabalham para um acordo de cessar-fogo, após meses de estagnação nas negociações. A oferta inclui uma trégua de 40 dias e a libertação de reféns retidos em Gaza em troca de centenas palestinos detidos em prisões israelenses.

"O Hamas tem que dizer sim", insistiu Blinken, cujo governo está pressionado por uma onda de protestos pró-palestinos em universidades americanas que terminaram em enfrentamentos na UCLA, em Los Angeles, durante a madrugada, e com a prisão de centenas de pessoas na noite de terça da Universidade de Columbia, em Nova York.

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