EUA incluem em lista de terroristas líder talibã que ordenou ataque a Malala
O Departamento de Estado dos Estados Unidos incluiu em sua lista de terroristas nesta terça-feira (13) o mulá Fazlullah, líder do principal grupo talibã paquistanês, o Tehrik-e-Talibã Pakistão (TTP), e que ordenou os ataques em 2012 contra a jovem ativista Malala Yousafzai e em dezembro contra uma escola em Peshawar.
Com isso, o também conhecido como "maulana" (mestre) Fazlullah está sujeito a sanções que o proíbem fazer transações com indivíduos que estejam nos Estados Unidos e congelam qualquer patrimônio administrado por americanos, disse o Departamento de Estado em comunicado.
Fazlullah foi eleito líder do TPP em novembro de 2013, após a morte do antigo comandante do grupo, Hakimullah Mehsud, em um ataque de um drone americano.
O TTP é um guarda-chuva de vários grupos tribais criado em 2007 que procura implantar um estado islâmico e é aliado dos talibãs afegãos, cujo líder, o mulá Omar, tem sua lealdade.
Em 2012, Fazlullah "ordenou os tiros contra a menina e ativista Malala Yousafzai", ganhadora do Prêmio Nobel da Paz em 2014, por sua defesa da educação feminina, ressaltou o Departamento de Estado.
"Sob a liderança de Fazlullah, o TTP assumiu a autoria do ataque de 16 de dezembro de 2014 contra uma escola em Peshawar (Paquistão) que resultou na morte de pelo menos 148 pessoas, a maioria estudantes", acrescentou o Departamento de Estado.
Antes de liderar a organização, Fazlullah "disse estar por trás do assassinato do general do Exército paquistanês Sanaullah Niazi em setembro de 2013" e "foi responsável pela decapitação de 17 soldados paquistaneses após um ataque" em 2012, além de ordenar o assassinato de líderes de comitês de paz contra os talibãs.
A designação de Fazlullah coincidiu com uma visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, ao Paquistão, onde conversou com funcionários paquistaneses sobre "a luta contra o terrorismo" no país, segundo afirmou nesta terça-feira sua porta-voz adjunta, Marie Harf.
"O secretário de Estado deixou claro que o Paquistão deve perseguir todos os grupos militantes" que operam em seu país, indicou Harf em sua entrevista coletiva diária.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.