Acnur denuncia os efeitos da discriminação em crianças apátridas
Genebra, 3 nov (EFE).- A condição de apátrida tem efeitos muito nocivos nas crianças, já que provoca nelas sentimentos de discriminação, frustração e desesperança que podem continuar até a idade adulta, é o que diz um estudo da Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) publicado nesta terça-feira.
Atualmente, cerca 10 milhões de pessoas são consideradas apátridas em todo o mundo e se estima que uma criança nasça a cada dez minutos sem qualquer nacionalidade, o que levou a Acnur a elaborar seu maior estudo sobre o impacto desta condição nos menores.
Concretamente, a pesquisa foi feita em países como Costa do Marfim, República Dominicana, Geórgia, Itália, Jordânia, Malásia e Tailândia, e conta com depoimentos de 250 pessoas, entre crianças, jovens, pais e tutores.
A publicação do relatório coincide com o primeiro aniversário do lançamento da campanha "#IBelong" ("Eu pertenço", em tradução livre), que tem como objetivo acabar com a condição de pessoas apátridas até 2024.
A Acnur pede aos países que se unam à iniciativa "I belong" para solucionar um problema que considera "relativamente fácil de resolver e prevenir".
Entre as medidas a serem aplicadas, a Acnur pede que os Estados permitam que as crianças tenham a possibilidade de obter a nacionalidade do país no qual nasceram caso não possam receber a de seus progenitores.
Também pede mudanças nas leis para que as mães possam, assim como os pais, passar a seus filhos sua nacionalidade, um direito que as mulheres não têm em mais de 20 países.
Além disso, a Acnur solicita o fim das leis e práticas que negam a filiação a um país por motivos de raça, etnia e religião.
A agência humanitária também faz um pedido aos Estados para que assegurem que todas as crianças sejam oficialmente registradas ao nascer.
Para o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, não ter nacionalidade durante a infância pode originar problemas que "perseguirão" essas pessoas durante anos e que "condenarão elas" a uma vida de discriminação.
"Nenhuma criança deveria ser apátrida. Todos deveriam pertencer a algum lugar", afirmou Guterres em comunicado.
Segundo o relatório, os menores que não contam com nacionalidade denunciam que foram tratados como estrangeiros nos países onde viveram e que essa condição lhes causou prejuízo psicológico muito grande.
Muitos deles, inclusive, se descrevem como "invisíveis", "extraterrestres", "vivendo nas sombras", "cachorros de rua" e "sem valor".
Com frequência, eles têm negados os direitos que a maioria de seus concidadãos disfrutam, como a obtenção de diplomas acadêmicos, ir à universidade ou encontrar um trabalho digno.
Portanto, a agência da ONU alerta que esta situação os "condena", suas famílias e suas comunidades a viverem em precariedade e marginalizados durante gerações.
Atualmente, cerca 10 milhões de pessoas são consideradas apátridas em todo o mundo e se estima que uma criança nasça a cada dez minutos sem qualquer nacionalidade, o que levou a Acnur a elaborar seu maior estudo sobre o impacto desta condição nos menores.
Concretamente, a pesquisa foi feita em países como Costa do Marfim, República Dominicana, Geórgia, Itália, Jordânia, Malásia e Tailândia, e conta com depoimentos de 250 pessoas, entre crianças, jovens, pais e tutores.
A publicação do relatório coincide com o primeiro aniversário do lançamento da campanha "#IBelong" ("Eu pertenço", em tradução livre), que tem como objetivo acabar com a condição de pessoas apátridas até 2024.
A Acnur pede aos países que se unam à iniciativa "I belong" para solucionar um problema que considera "relativamente fácil de resolver e prevenir".
Entre as medidas a serem aplicadas, a Acnur pede que os Estados permitam que as crianças tenham a possibilidade de obter a nacionalidade do país no qual nasceram caso não possam receber a de seus progenitores.
Também pede mudanças nas leis para que as mães possam, assim como os pais, passar a seus filhos sua nacionalidade, um direito que as mulheres não têm em mais de 20 países.
Além disso, a Acnur solicita o fim das leis e práticas que negam a filiação a um país por motivos de raça, etnia e religião.
A agência humanitária também faz um pedido aos Estados para que assegurem que todas as crianças sejam oficialmente registradas ao nascer.
Para o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres, não ter nacionalidade durante a infância pode originar problemas que "perseguirão" essas pessoas durante anos e que "condenarão elas" a uma vida de discriminação.
"Nenhuma criança deveria ser apátrida. Todos deveriam pertencer a algum lugar", afirmou Guterres em comunicado.
Segundo o relatório, os menores que não contam com nacionalidade denunciam que foram tratados como estrangeiros nos países onde viveram e que essa condição lhes causou prejuízo psicológico muito grande.
Muitos deles, inclusive, se descrevem como "invisíveis", "extraterrestres", "vivendo nas sombras", "cachorros de rua" e "sem valor".
Com frequência, eles têm negados os direitos que a maioria de seus concidadãos disfrutam, como a obtenção de diplomas acadêmicos, ir à universidade ou encontrar um trabalho digno.
Portanto, a agência da ONU alerta que esta situação os "condena", suas famílias e suas comunidades a viverem em precariedade e marginalizados durante gerações.
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