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Familiares de desaparecidos do MH370 querem busca por destroços na África

João de Abreu, presidente do Instituto de Aviação Civil de Moçambique, exibe pedaço de aeronave encontrado na costa do país africano, em Maputo Imagem: Adrien Barbier/AFP

Em Bangcoc

03/03/2016 02h28

Uma associação de familiares dos desaparecidos no voo MH370 de Malaysia Airlines pediu nesta quinta-feira (3) a realização de uma busca exaustiva no litoral leste da África, onde no fim de semana passado foram encontrados destroços de um avião que poderia ser o Boeing 777 que sumiu misteriosamente em 2014.

"Buscamos o apoio de recursos navais (das nações do leste da África) que possam rastrear os locais desabitados e áreas pantanosas para que todos os destroços sejam recolhidos e analisados", expressou em comunicado a organização Voice370.

Na aeronave havia 239 pessoas, entre tripulação e passageiros, quando a mesma desapareceu no dia 8 de março de 2014.

Fontes oficiais dos Estados Unidos, próximas da investigação sobre o desaparecimento do avião malaio, informaram sobre a descoberta de um fragmento que presumivelmente pertence a um Boeing 777, o mesmo modelo de aeronave que operava o voo MH370, no litoral de Moçambique.

A peça de metal, de um metro de comprimento, corresponderia a um pedaço de um "estabilizador" horizontal do avião que faz parte das pequenas asas que ficam na parte posterior da aeronave.

O objeto tem escritas as palavras "NO STEP" ('Não pise').

O ministro dos Transportes da Malásia, Liow Tiong Lai, afirmou que os especialistas malaios e australianos trabalham para "verificar" se os destroços encontrados em Moçambique pertencem ao MH370.

"Com base em relatórios anteriores, existe uma possibilidade alta de que os destroços encontrados em Moçambique pertençam a um Boeing 777", publicou Liow em seu perfil no Twitter.

O governo da Austrália, por sua vez, disse que o local da descoberta condiz com os padrões das correntes do Oceano Índico relacionadas com o lugar onde se acredita que o avião caiu.

O avião desapareceu após mudar de rumo em uma "ação deliberada", segundo os especialistas, 40 minutos após ter decolado de Kuala Lumpur rumo a Pequim e que alguém desligou os sistemas de comunicação.

As buscas pela aeronave se concentram em uma área de 120 mil quilômetros quadrados no Oceano Índico, cerca de 1.800 quilômetros a oeste da cidade australiana de Perth.

Em julho do ano passado, as equipes encontraram um fragmento do MH370 na ilha Reunião, a leste de Madagascar, o que supôs o primeiro e único indício tangível de que o avião tinha caído no Oceano Índico.

O desaparecimento do MH370 continua sendo um dos maiores mistérios da história da aviação.

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