Justiça turca ordena detenção de 42 jornalistas
(Atualiza especificando que as 42 ordens de detenção são contra jornalistas e acrescenta críticas da AI e mais detalhes)
Istambul, 25 jul (EFE).- A Justiça da Turquia ordenou nesta segunda-feira a detenção de 42 jornalistas acusados de "pertencerem ao ramo de veículos de imprensa" do império econômico vinculado ao grupo de Fethullah Gülen, o teólogo exilado a quem Ancara acusa de ser o cérebro do golpe militar fracassado do dia 15 de julho.
Segundo a emissora "CNNTÜRK", todos os afetados são jornalistas e, segundo verificou a Agência Efe, entre eles há repórteres, apresentadores de televisão, colunistas e escritores.
Entre os que receberam a ordem, 11 estão fora da Turquia, afirma a "CNNTÜRK", que especifica que deles oito deixaram o país após a tentativa de golpe.
Entre os jornalistas em busca e captura está Nazli Ilicak, ex-deputada e conhecida colunista, e sua busca demandou um amplo dispositivo policial na cidade litorânea de Bodrum.
Ilicak foi demitida do jornal pró-governo "Sabah" em 2013 por criticar o governo e defender a investigação anticorrupção promovida por promotores simpatizantes de Gülen.
A Anistia Internacional (AI) se referiu a estas detenções como um "ataque descarado à liberdade de imprensa".
"Ao deter jornalistas, o governo fracassa ao distinguir entre atos criminosos e crítica legítima. Ao invés de sufocar a liberdade de imprensa e intimidar os jornalistas, é vital que as autoridades turcas permitam aos veículos de imprensa fazer seu trabalho e acabar com esta draconiana repressão da liberdade de expressão", reivindicou.
No último ano, as autoridades turcas intervieram em vários jornais e emissoras de televisão gülenistas, onde impuseram administradores e demitiram parte do elenco para mudar a orientação política do meio.
Assim, jornais como "Zaman", "Bugün" e "Millet", firmes aliados do governo islamita até 2013 e adversários desde então, já não estão em mãos de simpatizantes de Gülen, mas seus antigos responsáveis fundaram novos jornais, como "Özgür Düsunce", onde Ilicak trabalhou até agora.
Istambul, 25 jul (EFE).- A Justiça da Turquia ordenou nesta segunda-feira a detenção de 42 jornalistas acusados de "pertencerem ao ramo de veículos de imprensa" do império econômico vinculado ao grupo de Fethullah Gülen, o teólogo exilado a quem Ancara acusa de ser o cérebro do golpe militar fracassado do dia 15 de julho.
Segundo a emissora "CNNTÜRK", todos os afetados são jornalistas e, segundo verificou a Agência Efe, entre eles há repórteres, apresentadores de televisão, colunistas e escritores.
Entre os que receberam a ordem, 11 estão fora da Turquia, afirma a "CNNTÜRK", que especifica que deles oito deixaram o país após a tentativa de golpe.
Entre os jornalistas em busca e captura está Nazli Ilicak, ex-deputada e conhecida colunista, e sua busca demandou um amplo dispositivo policial na cidade litorânea de Bodrum.
Ilicak foi demitida do jornal pró-governo "Sabah" em 2013 por criticar o governo e defender a investigação anticorrupção promovida por promotores simpatizantes de Gülen.
A Anistia Internacional (AI) se referiu a estas detenções como um "ataque descarado à liberdade de imprensa".
"Ao deter jornalistas, o governo fracassa ao distinguir entre atos criminosos e crítica legítima. Ao invés de sufocar a liberdade de imprensa e intimidar os jornalistas, é vital que as autoridades turcas permitam aos veículos de imprensa fazer seu trabalho e acabar com esta draconiana repressão da liberdade de expressão", reivindicou.
No último ano, as autoridades turcas intervieram em vários jornais e emissoras de televisão gülenistas, onde impuseram administradores e demitiram parte do elenco para mudar a orientação política do meio.
Assim, jornais como "Zaman", "Bugün" e "Millet", firmes aliados do governo islamita até 2013 e adversários desde então, já não estão em mãos de simpatizantes de Gülen, mas seus antigos responsáveis fundaram novos jornais, como "Özgür Düsunce", onde Ilicak trabalhou até agora.