Irã executa cientista nuclear acusado de espionar para os EUA
As autoridades iranianas confirmaram neste domingo (7) a execução do cientista nuclear Shahram Amiri por divulgar segredos aos Estados Unidos.
Em uma entrevista à imprensa em Teerã, o porta-voz do Poder Judiciário, Gholam-Hossein Mohseni-Eje'i, confirmou a morte do cientista, que aconteceu depois que um tribunal examinou o caso e o condenou à pena de morte.
"Shahram Amiri tinha acesso a segredos do regime e tinha se conectado com nosso inimigo número 1, o Grande Satã (EUA). Com sua conexão com os Estados Unidos tinha proporcionado acesso ao inimigo de informação vital do país", afirmou Eje'i.
A emissora britânica "BBC" informou hoje citando fontes da família que Amiri, detido desde 2010, foi executado na forca.
Com a execução de Amiri, o Irã pôs um fim ao obscuro caso deste cientista, quem alguns relatórios citados pela "BBC" e confirmados indiretamente por Eje'i consideravam próximo ao programa nuclear da República Islâmica.
Amiri desapareceu durante uma peregrinação a Meca em 2009 e reapareceu nos EUA um ano depois dizendo que tinha sido sequestrado e ficado sob "pressão psicológica intensa para revelar informação sensível" pela CIA.
Assim, retornou como um herói à República Islâmica e foi inclusive recebido pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad (2005-2013).
No entanto, pouco depois foi detido e sua pista se perdeu.