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Festival do Orgulho Gay nos EUA reivindica abolição de lei contra transexuais

24/09/2016 21h45

Durham (EUA), 24 set (EFE).- Milhares de pessoas se reuniram neste sábado em Durham (EUA) para se somar à 32ª edição do Festival do Orgulho Gay, o maior realizado na Carolina do Norte e no qual seus participantes rejeitaram uma lei contrária aos transexuais.

Organizado pelo NC Pride, mais de 7.000 pessoas se congregaram na Universidade de Duke para desfrutar um evento que incluiu uma corrida de 5 quilômetros, shows e mesas redondas.

O ponto alto do dia foi o tradicional desfile, que durante mais de uma hora percorreu os arredores do campus universitário, com participação de 25 carros alegóricos e delegações civis, universitárias, eclesiásticas e agências estatais.

"Somos uma comunidade visível e como produto deste desfile há representação não só americana, mas também latina", disse à Agência Efe Alex Córdova, coordenador do programa LGBTQ do Centro Hispano, que participou com um carro alegórico neste desfile.

Os participantes aproveitaram o evento para pedir que seja derrogada a lei HB 2, assinada pelo governador Pat McCrory no dia 23 de março de 2016, e que proíbe que as pessoas usem banheiros públicos e vestiários que não coincidam com o sexo indicado em sua certidão de nascimento.

A norma, além disso, impede que os municípios locais estendam proteções para combater a discriminação contra lésbicas, homossexuais, bissexuais e transgêneros (LGBT).

"Esta lei é um ato de discriminação que não só afeta as meninas transgênero, mas a toda a comunidade LGBT", disse à Efe Gaga D'La Draga, Miss Hispanidade Latina 2016.

A HB 2 causou sérios revezes à imagem e economia da Carolina do Norte, ao ponto que muitos artistas, organizações universitárias e até a NBA cancelaram eventos ou levaram operações para outros estados.

No entanto, tanto o governador, o republicano Pat McCrory, como muitos legisladores locais se negaram a derrogá-la.

"Este ano é especial porque mostra que a HB 2 não é o que somos na Carolina do Norte", comentou a EFE Chris Sgro, diretor-executivo do grupo Equality North Carolina e legislador democrata no estado.

Na mesma linha, o senador Mike Woodard declarou à EFE que "este é um evento de celebração da comunidade LGBT que une todos os que vivem no estado".

O senador defendeu a revogação da norma, porque é "discriminatória e prejudica economicamente a Carolina do Norte". EFE

ga/ma

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