Rússia descarta nova trégua humanitária em Aleppo e critica atitude da ONU
Moscou, 24 out (EFE).- A Rússia descartou nesta segunda-feira uma nova trégua humanitária na cidade de Aleppo, no norte da Síria, até que a oposição rompa com os jihadistas e criticou a atitude da ONU durante o cessar-fogo.
"Levaremos em conta a postura da ONU, que deve trabalhar devidamente com os opositores, e com aqueles que financiam esses grupos", disse o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Gennady Gatilov, à agência "Interfax".
O diplomata russo advertiu que, se a oposição não mudar de atitude, "não faz sentido falar de novas pausas humanitárias que são utilizadas pelos guerrilheiros para reagrupar suas forças e para reabastecer suas reservas".
"Mais ainda, de que trégua mais longa se pode falar quando esses três dias não foram aproveitados?", disse Gatilov, em alusão à proposta da Alemanha de declarar uma pausa humanitária mais longa em Aleppo.
O vice-ministro russo também lamentou que as agências humanitárias da ONU não conseguissem aproveitar a pausa para garantir a saída do leste de Aleppo dos civis necessitados de ajuda.
"Anteriormente, na ONU nos asseguraram que estavam dispostos a evacuar até 200 doentes e, para isso, a Rússia decidiu interromper o fogo. Dessa região foram retiradas duas pessoas que, segundo se soube depois, tinham se recusado a serem evacuadas", afirmou o diplomata russo.
Gatilov admitiu que a Rússia "está decepcionada com a incapacidade" das agências internacionais de cumprirem suas promessas e pediu que elas trabalhem "de maneira mais séria com os opositores e seus patrocinadores para que estes não atrapalhem a operação humanitária".
Uma vez que a pausa humanitária declarada por Moscou expirou no sábado, o exército sírio retomou no domingo os ataques contra Aleppo, em uma ofensiva na qual contou com o apoio da aviação e das milícias libanesas do Hezbollah.
As forças governamentais retomaram o controle de uma base militar e de uma torre de telefonia situadas em duas colinas perto do sul de Aleppo, de onde atacaram as posições inimigas.
A Chancelaria russa já havia advertido no sábado de manhã que não prolongaria automaticamente a trégua humanitária e que tudo dependeria da situação no terreno.
A Rússia acusou desde o primeiro dia a Frente da Conquista do Levante (antigo braço da Al Qaeda na Síria) e a oposição armada síria de violarem o cessar-fogo ao atacarem os civis e combatentes que queriam deixar a cidade pelos oito corredores humanitários habilitados para este fim.
De acordo com os ativistas sírios de direitos humanos e organizações internacionais, apenas alguns poucos civis feridos e doentes, e alguns combatentes, puderam deixar a cidade, enquanto a ONU aplaudiu a trégua, mas admitiu que era incapaz de fornecer ajuda humanitária.
O Kremlin tinha advertido que não permitiria que os jihadistas aproveitassem a interrupção dos bombardeios para se reagruparem e se abastecerem com munição e equipamentos para lançar uma nova ofensiva contra Aleppo.
"Levaremos em conta a postura da ONU, que deve trabalhar devidamente com os opositores, e com aqueles que financiam esses grupos", disse o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Gennady Gatilov, à agência "Interfax".
O diplomata russo advertiu que, se a oposição não mudar de atitude, "não faz sentido falar de novas pausas humanitárias que são utilizadas pelos guerrilheiros para reagrupar suas forças e para reabastecer suas reservas".
"Mais ainda, de que trégua mais longa se pode falar quando esses três dias não foram aproveitados?", disse Gatilov, em alusão à proposta da Alemanha de declarar uma pausa humanitária mais longa em Aleppo.
O vice-ministro russo também lamentou que as agências humanitárias da ONU não conseguissem aproveitar a pausa para garantir a saída do leste de Aleppo dos civis necessitados de ajuda.
"Anteriormente, na ONU nos asseguraram que estavam dispostos a evacuar até 200 doentes e, para isso, a Rússia decidiu interromper o fogo. Dessa região foram retiradas duas pessoas que, segundo se soube depois, tinham se recusado a serem evacuadas", afirmou o diplomata russo.
Gatilov admitiu que a Rússia "está decepcionada com a incapacidade" das agências internacionais de cumprirem suas promessas e pediu que elas trabalhem "de maneira mais séria com os opositores e seus patrocinadores para que estes não atrapalhem a operação humanitária".
Uma vez que a pausa humanitária declarada por Moscou expirou no sábado, o exército sírio retomou no domingo os ataques contra Aleppo, em uma ofensiva na qual contou com o apoio da aviação e das milícias libanesas do Hezbollah.
As forças governamentais retomaram o controle de uma base militar e de uma torre de telefonia situadas em duas colinas perto do sul de Aleppo, de onde atacaram as posições inimigas.
A Chancelaria russa já havia advertido no sábado de manhã que não prolongaria automaticamente a trégua humanitária e que tudo dependeria da situação no terreno.
A Rússia acusou desde o primeiro dia a Frente da Conquista do Levante (antigo braço da Al Qaeda na Síria) e a oposição armada síria de violarem o cessar-fogo ao atacarem os civis e combatentes que queriam deixar a cidade pelos oito corredores humanitários habilitados para este fim.
De acordo com os ativistas sírios de direitos humanos e organizações internacionais, apenas alguns poucos civis feridos e doentes, e alguns combatentes, puderam deixar a cidade, enquanto a ONU aplaudiu a trégua, mas admitiu que era incapaz de fornecer ajuda humanitária.
O Kremlin tinha advertido que não permitiria que os jihadistas aproveitassem a interrupção dos bombardeios para se reagruparem e se abastecerem com munição e equipamentos para lançar uma nova ofensiva contra Aleppo.
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