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Itália enfrenta problema de realojar 4 mil pessoas depois de terremoto

28/10/2016 09h44

Roma, 28 out (EFE).- Mais de 4.000 pessoas passaram a segunda noite fora de suas casas depois dos fortes terremotos de quarta-feira passada no centro da Itália, segundo dados da Defesa Civil do país.

Os terremotos não causaram vítimas, nem grande devastação na região afetada, mas prejudicaram milhares de casas nas quais não se pode entrar.

Os danos e os problemas se somam à situação que já se tinha criado depois do terremoto do dia 24 de agosto com um epicentro a 50 quilômetros e que devastou povoados inteiros e causou 297 mortos.

Segundo os dados da Defesa Civil, foram atendidas cerca de 4.000 pessoas de Camerino, Visso, Ussita e Castelsantangelo sul Nera, as localidades do epicentro dos tremores, mas o dado é aproximado, já que centenas ainda dormem em seus carros ou em casas de familiares.

Para os deslocados foram organizados ginásios de esportes, alguns acampamentos com tendas, ou o depósito de ônibus, no caso de Camerino.

Cerca de 800 pessoas foram transferidas ontem para vários hotéis das localidades do litoral Adriático, porque a solução a qual as autoridades escolheram é a de não montar mais acampamentos devido ao intenso frio que castiga esta região aos pés dos Apeninos.

"A situação é dramática. Temos milhares de desalojados, cerca de 5.000, derrubadas e estradas cortadas. São danos muito disseminados por toda a região que se somam aos que já causou o (terremoto) do dia 24 de agosto", explicou o diretor do Departamento de Bombeiros, Bruno Frattasi, em entrevista ao jornal "Il Messaggero".

Em relação ao terremoto do dia 24 de agosto, os danos são menores e o primeiro terremoto fez com que o povo abandonasse suas casas "e provavelmente isto salvou muitas vidas", explicou Frattasi.

Segundo os dados dos bombeiros são cerca de 20 povos, entre eles Camarim com mais de 6.000 habitantes e outros 6.000 estudantes universitários, os que sofreram grandes danos.

A isto se unem colégios fechados em todas estas localidades e na maior parte da região de Las Marcas, assim como uma atividade comercial e turística completamente destroçada.