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Estatísticas mostram que 44% dos bebês na China já são segundo filho

31/10/2016 07h38

Pequim, 31 out (EFE).- As novas estatísticas divulgadas pela Comissão Nacional de Saúde e Planejamento familiar da China mostram que 44% dos bebês que nasceram no país durante a primeira metade desse ano já são o segundo filho somente no primeiro ano após o fim da política do filho único.

O número representa um aumento de 6,9% com relação a 2015, quando a porcentagem de segundos filhos era de 37,9%, e de 16,7% se comparado com o início desta década, ressaltou o jornal "China Daily".

Em algumas regiões do país, especialmente as principais cidades, a proporção de segundos filhos no total de nascimentos já supera 50%, sempre segundo os dados da Comissão Nacional.

Seus responsáveis esperam que a porcentagem seja ainda maior no final de ano, já que a "política dos dois filhos" entrou em vigor oficialmente em 1º de janeiro de 2016, depois que muitos dos nascidos na metade do ano foram concebidos.

Muitos casais na primeira metade do ano, em todo caso, já fizeram preparativos para aumentar a família com pleno conhecimento de que a política do filho único ia ser abolida, disseram especialistas citados hoje pela China Daily.

A China já relaxou essa política em anos anteriores, e a aboliu em 2016, a fim de conter o envelhecimento de sua população, que faz o governo do país temer pela escassez de mão de obra em meados de século.

Os demógrafos esperam que permitir dois filhos por casal na China aumente em 30 milhões a população ativa nacional até 2050.

Também se prevê que a China alcance seu teto máximo de população em 2029, dois anos mais tarde que se tivesse mantido a política do filho único, e que a população do país se mantenha estável em torno dos 1,38 bilhão de habitantes (ao invés dos 1,2 bilhão calculados se não tivesse ocorrido mudanças).