Vargas Llosa cita angústia por acusações contra Toledo e pede justiça
Lima, 19 fev (EFE).- O escritor Mario Vargas Llosa disse neste domingo em uma coluna publicada em um jornal de Lima que lhe angustia as acusações contra o ex-presidente peruano Alejandro Toledo por ter recebido supostamente um milionário suborno da construtora brasileira Odebrecht e acredita que será julgado imparcialmente.
O prêmio Nobel de literatura de 2010 acrescentou que lhe angustia o ocorrido com o ex-mandatário (2001-2006) porque "ele liderou com grande carisma e coragem há 17 anos a formidável mobilização popular no Peru contra a ditadura assassina do ex-presidente Alberto Fujimori e foi um elemento fundamental em sua derrocada".
Em sua coluna publicada no jornal "La Republica" e dedicada às delações premiadas da Odebrecht, Vargas Llosa disse esperar que Toledo "retorne ao Peru motu próprio, e seja julgado imparcialmente, algo que, ao contrário do que ocorria durante a ditadura fujimorista, é perfeitamente possível em nossos dias".
O escritor afirmou que se for considerado culpado, "que pague por seus roubos e pela enorme traição que teria feito com os milhões de peruanos que votamos nele".
Vargas Llosa indicou que, durante seu governo, Toledo fez bastante, "malandragens à parte, se for comprovado", pois foi respeitada a liberdade pública e houve uma boa política econômica.
O escritor lembrou que toda sua família apoiou Toledo nas mobilizações contra Fujimori e que seu filho Álvaro o apoiou até na campanha presidencial de 2001.
No entanto, Álvaro Vargas Llosa rompeu com o ex-presidente e se afastou, segundo explicou o escritor, porque escutou que o amigo de Toledo e empresário Josef Maiman queria comprar uma refinaria estatal e um canal de televisão.
Maiman é o suposto testa-de-ferro de Toledo que, segundo as investigações, teria recebido US$ 20 milhões que a Odebrecht sustenta ter pago para realizar a construção de dois lances da estrada Interoceânica.
Após ter sido denunciado pela Procuradoria peruana por suposto tráfico de influência e lavagem de ativos, Toledo rejeitou as acusações desde os Estados Unidos, onde vive habitualmente, e sua defesa apelou a ordem de detenção preventiva por 18 meses.
Toledo tem atualmente uma ordem de busca e captura internacional por causa da denúncia de ter recebido supostamente US$ 20 milhões da construtora brasileira para desenvolver a estrada Interoceânica.
Precisamente, no país, a Odebrecht admitiu o pagamento de subornos de US$ 29 milhões para facilitar sua participação em grandes obras de infraestrutura entre 2005 e 2014, período que compreende os governos de Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).
O prêmio Nobel de literatura de 2010 acrescentou que lhe angustia o ocorrido com o ex-mandatário (2001-2006) porque "ele liderou com grande carisma e coragem há 17 anos a formidável mobilização popular no Peru contra a ditadura assassina do ex-presidente Alberto Fujimori e foi um elemento fundamental em sua derrocada".
Em sua coluna publicada no jornal "La Republica" e dedicada às delações premiadas da Odebrecht, Vargas Llosa disse esperar que Toledo "retorne ao Peru motu próprio, e seja julgado imparcialmente, algo que, ao contrário do que ocorria durante a ditadura fujimorista, é perfeitamente possível em nossos dias".
O escritor afirmou que se for considerado culpado, "que pague por seus roubos e pela enorme traição que teria feito com os milhões de peruanos que votamos nele".
Vargas Llosa indicou que, durante seu governo, Toledo fez bastante, "malandragens à parte, se for comprovado", pois foi respeitada a liberdade pública e houve uma boa política econômica.
O escritor lembrou que toda sua família apoiou Toledo nas mobilizações contra Fujimori e que seu filho Álvaro o apoiou até na campanha presidencial de 2001.
No entanto, Álvaro Vargas Llosa rompeu com o ex-presidente e se afastou, segundo explicou o escritor, porque escutou que o amigo de Toledo e empresário Josef Maiman queria comprar uma refinaria estatal e um canal de televisão.
Maiman é o suposto testa-de-ferro de Toledo que, segundo as investigações, teria recebido US$ 20 milhões que a Odebrecht sustenta ter pago para realizar a construção de dois lances da estrada Interoceânica.
Após ter sido denunciado pela Procuradoria peruana por suposto tráfico de influência e lavagem de ativos, Toledo rejeitou as acusações desde os Estados Unidos, onde vive habitualmente, e sua defesa apelou a ordem de detenção preventiva por 18 meses.
Toledo tem atualmente uma ordem de busca e captura internacional por causa da denúncia de ter recebido supostamente US$ 20 milhões da construtora brasileira para desenvolver a estrada Interoceânica.
Precisamente, no país, a Odebrecht admitiu o pagamento de subornos de US$ 29 milhões para facilitar sua participação em grandes obras de infraestrutura entre 2005 e 2014, período que compreende os governos de Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.