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Centenas de pessoas fogem da ofensiva contra o EI no oeste de Mossul

25/02/2017 08h47

Erbil (Iraque), 25 fev (EFE).- Centenas de pessoas, algumas delas feridas, abandonaram suas casas no oeste da cidade de Mossul para fugir dos bombardeios do Exército do Iraque contra o grupo terrorista Estado Islâmico (EI), fugindo em direção ao sul.

Khalaf al Jabouri, prefeito da cidade de Hamam al Alil, que fica a 25 quilômetros ao sul de Mossul, disse à Agência Efe que mais de 940 pessoas chegaram à região entre ontem e hoje.

São as primeiras famílias que conseguiram sair dos bairros de Al Maamun e Tel al Raman, que foram invadidos pelas tropas iraquianas no início desta semana, disse o prefeito. Algumas das pessoas viviam nos arredores do quartel de Al Gazlani, conquistado ontem pelas forças governamentais, e foram enviados para Hamam al Alil.

Os deslocados foram amparados temporariamente em casas e posteriormente levados em caminhões militares ao acampamento de Al Yadda, erguido na região. Todos eles, segundo o prefeito, precisam principalmente de água e alimentos.

Os moradores do oeste de Mossul estão fugindo da cidade devido às condições difíceis geradas pelo conflito, que começou no domingo. Os jihadistas estão obrigando os civis a erguerem barricadas com seus próprios carros para tentar conter o avanço das tropas do Iraque.

Além disso, os membros do EI estão quebrando os muros das casas para se movimentarem entre elas sem a necessidade de ir à rua.

Um morador do bairro de Al Mansur, vizinho de Al Maamun, disse à Agência Efe que o EI também está utilizando civis como escudos humanos. Faltam comida, água potável e atendimento médico.

Os produtos que ainda podem ser encontrados têm preço muito elevado. O EI cobra por um saco de farinha, por exemplo, 600 mil dinares iraquianos (US$ 400).

A ONU calcula que há cerca de 750 mil pessoas no oeste de Mossul. Do total, 245 mil podem fugir durante a ofensiva.