Felipe VI entrega Prêmios Rei da Espanha a comunicadores ibero-americanos
Madri, 27 mar (EFE).- O rei Felipe VI entregou nesta segunda-feira os Prêmios Internacionais de Jornalismo Rei da Espanha a comunicadores de Brasil, Bolívia, Colômbia, Cuba, Espanha, México e Uruguai, que concorreram em diferentes categorias com trabalhos de atualidade e denúncia.
Esta é a 34ª edição dos prêmios que são concedidos a cada ano pela Agência Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional e que foram entregues em um ato realizado na Casa da América de Madri.
O 12º Prêmio Don Quixote de Jornalismo foi para o escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte e o Prêmio Ibero-americano de Jornalismo para a uruguaio-espanhola Carmen Posadas.
O brasileiro Vinícius Jorge Carneiro Sassine recebeu o Prêmio Rei de Espanha de Jornalismo Impresso por uma reportagem publicada no jornal "O Globo" sobre os obstáculos impostos pela Força Aérea brasileira para impedir o transporte de órgãos destinados a 153 transplantes nos últimos três anos e, ao invés disso, transportar autoridades.
Os demais premiados são o cubano Yánder Zamora (Fotografia), o mexicano Carlos Loret de Mola (Televisão), o espanhol Jordi Basté (Rádio), a colombiana Patricia Gómez (Jornalismo Ambiental) e o espanhol Gregorio Rodríguez Ramos (Jornalismo Digital), com uma menção especial para o boliviano Genciano Pedriel e o espanhol Javier Sauras por uma reportagem interativa.
Em seu discurso, Felipe VI advertiu hoje que o jornalismo necessita ser regido por valores como "a veracidade, o rigor, o contraste da informação, o profissionalismo, a imparcialidade e a responsabilidade", que não "devem nunca ser comprometidos pela aceleração e o tecnicismo", e acrescentou que não se deve confundir informação com comunicação.
Felipe de Bourbon destacou que os prêmios mostram a "crescente dedicação" do jornalismo em espanhol e português com "novas temáticas", como o meio ambiente, a inovação tecnológica, a economia circular, a cibersegurança, a nutrição e a saúde preventiva e as novas correntes migratórias, todas elas "de interesse crescente e, inclusive, fonte de preocupação".
Além disso, o rei louvou o fato de que estes prêmios tenham se transformado nos primeiros a abranger "a totalidade dos Estados de línguas espanhola e portuguesa do mundo", o que permite reconhecer uma "grande área linguística" composta por 30 países e 750 milhões de pessoas com identidades culturais diferentes, mas com uma "alta compreensão recíproca".
O ministro das Relações Exteriores espanhol, Alfonso Dastis, garantiu por sua vez que os prêmios são um "símbolo da força" da comunidade ibero-americana e, após reconhecer o trabalho dos agraciados, ressaltou que é fundamental "manter o espaço comum e as pontes" que unem os povos da região.
Dastis destacou o trabalho dos jornalistas em uma época na qual as redes sociais e o imediatismo podem fazer com que a informação seja confundida com o que ela não é e acrescentou que o bom jornalismo se caracteriza pelo "sagrado respeito aos fatos".
O presidente da Efe, José Antonio Vera, disse que os premiados atendem à marca registrada da Agência, "o compromisso com a informação", e acrescentou que é preciso submeter os fatos ao contraste de pareceres e ter clareza de que informação e opinião são coisas distintas e não devem se misturar.
Vera alertou sobre o risco de fenômenos como a "pós-verdade" e a "realidade alternativa", que merecem "rejeição radical" e, diante da dificuldade de se conseguir uma objetividade total, defendeu a prática da "subjetividade honesta", um modo profissional de informar em busca da verdade.
Os prêmios estão dotados de 6 mil euros (US$ 6.460) cada um e patrocinados pelo grupo internacional de concessões e construção OHL e o de Jornalismo Ambiental com a mesma quantia pela Fundação Aquae.
O Dom Quixote é patrocinado pela companhia pública espanhola Tragsa e dotado de 9 mil euros (US$ 9.700) e o ibero-americano pela empresa de consultoria Llorente&Cuenca.
O evento contou com a presença de diplomatas de países latino-americanos credenciados na Espanha, assim como representantes do âmbito cultural, jornalístico e empresarial.
Esta é a 34ª edição dos prêmios que são concedidos a cada ano pela Agência Efe e pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional e que foram entregues em um ato realizado na Casa da América de Madri.
O 12º Prêmio Don Quixote de Jornalismo foi para o escritor espanhol Arturo Pérez-Reverte e o Prêmio Ibero-americano de Jornalismo para a uruguaio-espanhola Carmen Posadas.
O brasileiro Vinícius Jorge Carneiro Sassine recebeu o Prêmio Rei de Espanha de Jornalismo Impresso por uma reportagem publicada no jornal "O Globo" sobre os obstáculos impostos pela Força Aérea brasileira para impedir o transporte de órgãos destinados a 153 transplantes nos últimos três anos e, ao invés disso, transportar autoridades.
Os demais premiados são o cubano Yánder Zamora (Fotografia), o mexicano Carlos Loret de Mola (Televisão), o espanhol Jordi Basté (Rádio), a colombiana Patricia Gómez (Jornalismo Ambiental) e o espanhol Gregorio Rodríguez Ramos (Jornalismo Digital), com uma menção especial para o boliviano Genciano Pedriel e o espanhol Javier Sauras por uma reportagem interativa.
Em seu discurso, Felipe VI advertiu hoje que o jornalismo necessita ser regido por valores como "a veracidade, o rigor, o contraste da informação, o profissionalismo, a imparcialidade e a responsabilidade", que não "devem nunca ser comprometidos pela aceleração e o tecnicismo", e acrescentou que não se deve confundir informação com comunicação.
Felipe de Bourbon destacou que os prêmios mostram a "crescente dedicação" do jornalismo em espanhol e português com "novas temáticas", como o meio ambiente, a inovação tecnológica, a economia circular, a cibersegurança, a nutrição e a saúde preventiva e as novas correntes migratórias, todas elas "de interesse crescente e, inclusive, fonte de preocupação".
Além disso, o rei louvou o fato de que estes prêmios tenham se transformado nos primeiros a abranger "a totalidade dos Estados de línguas espanhola e portuguesa do mundo", o que permite reconhecer uma "grande área linguística" composta por 30 países e 750 milhões de pessoas com identidades culturais diferentes, mas com uma "alta compreensão recíproca".
O ministro das Relações Exteriores espanhol, Alfonso Dastis, garantiu por sua vez que os prêmios são um "símbolo da força" da comunidade ibero-americana e, após reconhecer o trabalho dos agraciados, ressaltou que é fundamental "manter o espaço comum e as pontes" que unem os povos da região.
Dastis destacou o trabalho dos jornalistas em uma época na qual as redes sociais e o imediatismo podem fazer com que a informação seja confundida com o que ela não é e acrescentou que o bom jornalismo se caracteriza pelo "sagrado respeito aos fatos".
O presidente da Efe, José Antonio Vera, disse que os premiados atendem à marca registrada da Agência, "o compromisso com a informação", e acrescentou que é preciso submeter os fatos ao contraste de pareceres e ter clareza de que informação e opinião são coisas distintas e não devem se misturar.
Vera alertou sobre o risco de fenômenos como a "pós-verdade" e a "realidade alternativa", que merecem "rejeição radical" e, diante da dificuldade de se conseguir uma objetividade total, defendeu a prática da "subjetividade honesta", um modo profissional de informar em busca da verdade.
Os prêmios estão dotados de 6 mil euros (US$ 6.460) cada um e patrocinados pelo grupo internacional de concessões e construção OHL e o de Jornalismo Ambiental com a mesma quantia pela Fundação Aquae.
O Dom Quixote é patrocinado pela companhia pública espanhola Tragsa e dotado de 9 mil euros (US$ 9.700) e o ibero-americano pela empresa de consultoria Llorente&Cuenca.
O evento contou com a presença de diplomatas de países latino-americanos credenciados na Espanha, assim como representantes do âmbito cultural, jornalístico e empresarial.
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