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Geórgia acusa Ossétia do Sul de mover "linha de ocupação"

04/07/2017 09h53

Tbilisi, 4 jul (EFE).- O presidente da Geórgia, Giorgi Margvelashvili, denunciou nesta terça-feira que os responsáveis pela região separatista de Ossétia do Sul estão mudando "a linha de ocupação" que serve de fronteira entre as partes em conflito para se apropriarem de novos territórios.

"Para nós, é importante que qualquer atentado contra a integridade territorial da Geórgia receba uma firme condenação. A Geórgia usará os meios diplomáticos a seu alcance para frear essa ocupação", afirmou Margvelashvili em um comunicado divulgado por seu serviço de imprensa.

A "linha de ocupação" é vigiada do lado da Ossétia do Sul pela guarda fronteiriça da Rússia, que reconhece esse território e a Abkházia, outra região separatista na Geórgia, como Estados independentes.

O Serviço de Segurança do Estado da Geórgia (SSSG, sigla em inglês) informou que "na linha de ocupação na população de Bershueti, na região de Gori, foi instalada uma placa que diz 'Fronteira da Ossétia do Sul' que deixou do outro lado das cercas partes de terrenos agrícolas de habitantes locais".

Segundo um comunicado do SSSG, essas ações, pelas quais a Geórgia perdeu cerca de 10 hectares de território, "restringem os direitos fundamentais da população e ameaçam a segurança" na região.

Por causa do incidente, a Geórgia notificou seus aliados internacionais e os observadores da União Europeia que se encontram no local.

A Ossétia do Sul, assim como a Abkházia, se separou da Geórgia no início da década 1990 após um conflito armado, no qual os separatistas contaram com apoio da Rússia.

Em agosto de 2008, o então presidente georgiano, Mikheil Saakashvili, mandou tropas para a Ossétia do Sul, que foram expulsas pelo exército russo na chamada Guerra dos Cinco Dias.