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Morrem dois jornalistas iraquianos em ofensiva contra EI ao sul de Mossul

07/07/2017 10h27

Mossul (Iraque), 7 jul (EFE).- Dois jornalistas iraquianos morreram nesta sexta-feira e outros dois ficaram gravemente feridos em uma localidade ao sul da cidade de Mossul, onde as forças governamentais desenvolvem uma contraofensiva para expulsar os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).

Mohamed Ibrahim Al Aasi, diretor da emissora "Hona Salaheddin", para o qual trabalhavam as vítimas, informou à Agência Efe que os quatro viajavam em um veículo da polícia da província de Salah-ad-Din (norte), que convidou os jornalistas a cobrir a batalha.

Os dois mortos são Hazaa al Duleimi, correspondente do canal, e o cinegrafista Sod al Duri, que foram atingidos por disparos dos jihadistas contra o veículo policial.

Os feridos são outros dois cinegrafistas, Ali Yamal e Omar Ohadi, que permanecem no interior da localidade, que está cercada pelos extremistas e não pode ser evacuada, segundo Al Aasi.

O diretor detalhou que as tropas iraquianas pediram aos repórteres que não entrassem na cidade de Emam al Garbi, mas estes o fizeram acompanhados pela polícia.

Tropas do exército iraquiano e milicianos aliados lançaram nesta sexta-feira um contra-ataque para expulsar o EI dessa localidade, que os jihadistas retomaram o controle há dois dias.

Nos enfrentamentos de hoje já morreram 13 membros do EI e três soldados, informou à Efe um comandante da Multidão dos Clãs, Wataban al Ramah, cujas milícias lutam contra o grupo radical.

A cidade de Emam al Garbi é uma das maiores da região de Al Qayara, situada ao sul de Mosul, e nela vivem cerca de 1.200 famílias, a maioria pertencente à tribo de Al Yaburi.

A localidade tinha sido tomada do EI pelas forças iraquianas em agosto de 2016.