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Tribunal anistia 2 principais acusados da morte de presidente da Total

07/07/2017 16h43

Moscou, 7 jul (EFE).- O tribunal de Moscou que julgou o caso da morte do presidente do francês Christophe de Margerie, então presidente da companhia petrolífera Total, ocorrida em 2014, condenou e anistiou nesta sexta-feira, na mesma sentença, os dois principais acusados pelo acidente que o vitimou.

O acidente aconteceu em outubro de 2014 no aeroporto de Vnukovo, na capital russa. Uma máquina de remoção de neve invadiu a pista e se chocou com um avião que transportava o executivo. Além de Christophe de Margerie, também morreram os dois pilotos do jato e a comissária de bordo.

O juiz condenou Vladimir Martinenko, condutor da máquina de remoção de neve, a quatro anos de prisão, e seu chefe, o engenheiro Vladimir Ledenev, a três anos. Porém, ambos foram beneficiados por uma lei nacional de anistia.

"Em virtude da anistia declarada (em 2015) pelo 70º aniversário da vitória na Grande Guerra Pátria (II Guerra Mundial), os liberamos de responsabilidade e eliminamos seu antecedente", disse o magistrado.

O julgamento do caso começou há um ano. Segundo os investigadores russos, Martinenko estava embriagado no momento do choque com o avião. Tanto o condutor como o engenheiro se declararam culpados, e outros três funcionários do aeroporto, também acusados como responsáveis pela tragédia, rejeitaram as acusações e pediram que a promotoria reavaliasse suas atuações.

O caso gerou comoção tanto na França como na Rússia, já que De Margerie era considerado "um amigo da Rússia" e tinha criticado as sanções ocidentais impostas pela crise na Ucrânia e a anexação da Crimeia.

Também hoje, a companhia Unijet, proprietária do avião, apresentou um pedido de indenização de US$ 8,5 milhões contra os acusados.