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Serviço Penitenciário russo pede que líder opositor seja mandado para prisão

11/07/2017 11h58

Moscou, 11 jul (EFE).- O Serviço Penitenciário Federal da Rússia (FSIN, sigla em russo), solicitou que o líder opositor Alexei Navalny, condenado em fevereiro passado a cinco anos de prisão, com cumprimento em liberdade condicional, seja mandado para uma penitenciária, informaram nesta terça-feira fontes judiciais do país.

"Chegou à corte a petição para anular a suspensão da pena e enviar Navalny para um local de reclusão", disse à agência "Interfax" um funcionário do escritório de imprensa do tribunal do distrito de Simonovski, em Moscou.

O funcionário acrescentou que o juiz, que já recebeu os documentos do FSIN, ainda não tomou uma decisão sobre o caso.

Esta é a segunda vez que o FSIN pede que Navalny seja enviado para uma prisão. O opositor acaba de cumprir uma detenção administrativa de 25 dias após ser condenado por convocar uma manifestação não autorizada.

Na ocasião anterior, o juiz rejeitou a solicitação das autoridades penitenciárias, mas ampliou em três meses o período de condicional de um ano e meio contemplado em sua condenação.

Segundo a legislação russa, se o condenado cometer um delito e, inclusive, faltas administrativas durante o período de liberdade condicional, pode ser mandado para a prisão.

Navalny, condenado por apropriação indébita e fraude, denunciou que o julgamento contra ele foi uma farsa montada com fins políticos para impedir sua candidatura às eleições presidenciais de março de 2018.

A Comissão Eleitoral Central da Rússia deixou claro que o opositor não poderá concorrer nas eleições por ter antecedentes criminais.

Navalny, considerado por muitos como o único nome que pode ameaçar o domínio político do presidente Vladimir Putin, adiantou que recorrerá da decisão no Tribunal Constitucional.

O líder opositor, que fundou e preside uma ONG de combate à corrupção, utiliza amplamente as redes sociais para denunciar os corruptos.

Hoje mesmo, Navalny publicou na internet um novo vídeo em que voltou a investir contra o chefe do Kremlin.