Harvey paralisa refinarias no Texas e eleva o preço da gasolina nos EUA
Alfonso Fernández.
Washington, 29 ago (EFE).- Além das graves inundações, o ciclone Harvey afetou a produção e o refino de petróleo em uma região fundamental para a indústria petrolífera dos Estados Unidos, o que já está levando ao aumento do preço da gasolina no país.
As chuvas constantes e inundações resultantes provocaram o fechamento de muitas refinarias de petróleo na região de Houston, que concentra mais de 15% da capacidade total dos EUA.
"São chuvas de proporções bíblicas justamente sobre o centro da indústria de refino", afirmou John Auers, vice-presidente-executivo da empresa de consultoria Turner, Mason & Co.
A Exxon Mobil anunciou no fim de semana o fechamento da sua refinaria em Baytown, a segunda maior do país, enquanto que Shell, Phillips 66 e Valero interromperam a produção em várias de suas usinas ao longo da costa do Golfo do México no Texas.
Além disso, o oleoduto Colonial, conhecido como "o rio Mississipi dos combustíveis" e que liga o Texas a Nova Jersey, está começando a registrar problemas pela enorme magnitude das inundações.
O oleoduto tem capacidade para transportar mais de 2 milhões de barris de gasolina por dia, por isso uma piora na situação poderia provocar escassez de fornecimento, cujos efeitos seriam percebidos em Nova York, Washington e Atlanta, entre outros lugares.
Ontem, o preço da gasolina no mercado de futuros de Nova York para entrega em setembro disparou para US$ 1,72 o galão (3,78 litros), com quase 7% de aumento, o que representa o maior aumento em um único dia nos últimos três meses.
Embora os preços tenham se estabilizado um pouco na terça-feira, espera-se que a tendência de alta permaneça nos próximos dias.
Patrick DeHaan, analista do site "GasBuddy", que supervisiona a evolução dos custos de combustível para veículos automotivos, enfatizou que "certamente, os preços vão subir".
O preço médio da gasolina nos EUA para os consumidores nesta semana ficou em US$ 2,37 o galão, 4% acima da média da semana passada.
"Sempre que um centro de refino como Houston fecha, haverá uma reação psicológica nos mercados, o que terá impacto no restante do país", afirmou DeHaan em um comunicado.
O analista previu que o aumento médio nacional será de entre US$ 0,07 e 0,09 o galão nas próximas semanas.
Esses efeitos podem ser ainda maiores na medida em que as chuvas estão se dirigindo ao nordeste, para a Luisiana, nos próximos dias, como indicam as previsões meteorológicas, o que aumentaria o percentual da capacidade de refino afetada para 30% do total.
Além disso, os especialistas advertem que será preciso esperar para ver os danos nas refinarias para avaliar se serão necessários reparos, e reiteraram que são necessários vários dias para reiniciar as operações de forma plena.
Por enquanto, a tempestade Harvey não teve efeitos no preço do petróleo, apesar de ter afetado a produção das plataformas marítimas e de poços na região do Golfo do México, precisamente porque a diminuição de produção nas refinarias reduziu a demanda pelo hidrocarboneto.
Sobre o custo econômico total das chuvas devastadoras, os economistas ainda estão realizando os cálculos preliminares, e situam a conta em entre US$ 30 e 50 bilhões.
Os números, ainda provisórios, são menores que os registrados pelo furacão Katrina em 2005, que foram de US$ 176 bilhões, e o Sandy, em 2012, de US$ 75 bilhões.
Washington, 29 ago (EFE).- Além das graves inundações, o ciclone Harvey afetou a produção e o refino de petróleo em uma região fundamental para a indústria petrolífera dos Estados Unidos, o que já está levando ao aumento do preço da gasolina no país.
As chuvas constantes e inundações resultantes provocaram o fechamento de muitas refinarias de petróleo na região de Houston, que concentra mais de 15% da capacidade total dos EUA.
"São chuvas de proporções bíblicas justamente sobre o centro da indústria de refino", afirmou John Auers, vice-presidente-executivo da empresa de consultoria Turner, Mason & Co.
A Exxon Mobil anunciou no fim de semana o fechamento da sua refinaria em Baytown, a segunda maior do país, enquanto que Shell, Phillips 66 e Valero interromperam a produção em várias de suas usinas ao longo da costa do Golfo do México no Texas.
Além disso, o oleoduto Colonial, conhecido como "o rio Mississipi dos combustíveis" e que liga o Texas a Nova Jersey, está começando a registrar problemas pela enorme magnitude das inundações.
O oleoduto tem capacidade para transportar mais de 2 milhões de barris de gasolina por dia, por isso uma piora na situação poderia provocar escassez de fornecimento, cujos efeitos seriam percebidos em Nova York, Washington e Atlanta, entre outros lugares.
Ontem, o preço da gasolina no mercado de futuros de Nova York para entrega em setembro disparou para US$ 1,72 o galão (3,78 litros), com quase 7% de aumento, o que representa o maior aumento em um único dia nos últimos três meses.
Embora os preços tenham se estabilizado um pouco na terça-feira, espera-se que a tendência de alta permaneça nos próximos dias.
Patrick DeHaan, analista do site "GasBuddy", que supervisiona a evolução dos custos de combustível para veículos automotivos, enfatizou que "certamente, os preços vão subir".
O preço médio da gasolina nos EUA para os consumidores nesta semana ficou em US$ 2,37 o galão, 4% acima da média da semana passada.
"Sempre que um centro de refino como Houston fecha, haverá uma reação psicológica nos mercados, o que terá impacto no restante do país", afirmou DeHaan em um comunicado.
O analista previu que o aumento médio nacional será de entre US$ 0,07 e 0,09 o galão nas próximas semanas.
Esses efeitos podem ser ainda maiores na medida em que as chuvas estão se dirigindo ao nordeste, para a Luisiana, nos próximos dias, como indicam as previsões meteorológicas, o que aumentaria o percentual da capacidade de refino afetada para 30% do total.
Além disso, os especialistas advertem que será preciso esperar para ver os danos nas refinarias para avaliar se serão necessários reparos, e reiteraram que são necessários vários dias para reiniciar as operações de forma plena.
Por enquanto, a tempestade Harvey não teve efeitos no preço do petróleo, apesar de ter afetado a produção das plataformas marítimas e de poços na região do Golfo do México, precisamente porque a diminuição de produção nas refinarias reduziu a demanda pelo hidrocarboneto.
Sobre o custo econômico total das chuvas devastadoras, os economistas ainda estão realizando os cálculos preliminares, e situam a conta em entre US$ 30 e 50 bilhões.
Os números, ainda provisórios, são menores que os registrados pelo furacão Katrina em 2005, que foram de US$ 176 bilhões, e o Sandy, em 2012, de US$ 75 bilhões.
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